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EUA envia bombas de fragmentação a Ucrânia

Bombas de fragmentação, conhecidas como "cluster", são enviadas para a Ucrânia pelos Estados Unidos da América durante Guerra contra a Rússia. O presidente Joe Biden comentou o caso, saiba mais.

09 Jul 2023 - 18h00 | Atualizado em 09 Jul 2023 - 18h00
EUA envia bombas de fragmentação a Ucrânia Lorena Bueri

Os Estados Unidos estão enviando munições clusters para a Ucrânia para atender pedidos do país. A decisão criticada por grupos de direitos humanos e líderes europeus gera controvérsias, já que o armamento é proibido em mais de 100 países. 

As munições clusters são pequenas bombas de foguete, míssil ou projeto de artilharia feitos para áreas amplas em pleno voo, ou seja, elas devem explodir quando em contato com solo, mas uma proporção delas pode ser “falha”, principalmente em contato com sólido úmido e macio.

As bombas clusters tem uma taxa de falha que pode chegar a até 40%, o que significa que grande número delas podem permanecer no solo por anos e detonar em civis mais tarde. O grande risco desse tipo de armamento é justamente nesses casos, visto que as bombas podem explodir posteriormente ao pisadas, por exemplo, mutilando possíveis vítimas. Do ponto de vista militar, a sua eficácia é maior quando usada em tropas terrestres no modelo de trincheiras.


Presidente dos EUA Joe Biden  em coletiva de imprensa. (Foto: Reprodução/REUTERS/Leah Millis) 


Isso porque, quando bem dispostas, tornam áreas mais perigosas de para movimentação, enfraquecendo o lado inimigo até que sejam cuidadosamente retiradas. Apesar de proibidas em países como Reino Unido, Alemanha e França, as bombas de fragmentação são usadas tanto na Rússia quanto na Ucrânia desde o início da invasão em larga escala em 2022.

Ambos os países, além dos EUA, não estão dentro do tratado de proibição desse tipo de munição. O atual presidente norte-americano Joe Biden disse em coletiva de imprensa sobre o tema que a decisão foi difícil, ele conta que “demorou um tempo para ser convencido a fazer isso". 

Apesar da indecisão, Biden afirmou que seu posicionamento foi motivado pela falta de munição da Ucrânia durante esse momento. Em grande parte porque há um uso alto de projéteis de artilharia e os aliados ocidentais da Ucrânia não conseguem fazer a reposição com a agilidade necessária.

A ação do presidente contorna a lei americana que proíbe a transferência e produção de munições cluster com taxa de falha maior que 1%. As projeções para o futuro são possíveis desacordos dos Estados Unidos com aliados ocidentais durante a Guerra.

 

Foto destaque: Militar segura bomba de fragmentação desativada. Reprodução: The Associated Press

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