Os Estados Unidos anunciaram, neste sábado (7), um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, avaliado em US$ 988 milhões (mais de R$ 6 bilhões). O envio contempla munições de precisão para os lançadores de foguetes Himars, drones e peças de reposição para os sistemas de artilharia, segundo o Pentágono.
O pacote será financiado pela Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI), que permite a compra de equipamentos diretamente da indústria de defesa, sem utilizar os estoques americanos. Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, os EUA já comprometeram mais de US$ 62 bilhões em assistência a Kiev.
Artilharia estratégica e tecnologia de ponta
O novo pacote militar contempla munições para os Himars, fabricados pela Lockheed Martin, drones e outros equipamentos necessários para manter a operação no campo de batalha. Essa abordagem busca reforçar a defesa ucraniana contra a Rússia com recursos de alta tecnologia e eficácia.
Em paralelo, o governo Biden havia anunciado, na segunda-feira (2), outra assistência de US$ 725 milhões, incluindo minas terrestres e armamentos antiaéreos e anti blindagem. Ambas as iniciativas refletem esforços contínuos para garantir que a Ucrânia disponha de recursos suficientes para sustentar sua resistência.
Joe Biden e Volodymyr Zelensky durante uma reunião na Casa Branca (Foto: reprodução/Drew Angerer/Getty Images Embed)
Apoio sob pressão política
O anúncio ocorre em meio a incertezas sobre o futuro do apoio americano, em razão de possíveis mudanças políticas em Washington. A administração Biden busca agilizar o envio de recursos já autorizados, temendo que futuras decisões no Congresso possam restringir a continuidade da assistência.
Ainda há cerca de US$ 6 bilhões disponíveis em fundos previamente aprovados, mas analistas alertam para a possibilidade de uma janela de tempo limitada para utilizá-los. O esforço reflete a urgência de fortalecer as defesas da Ucrânia enquanto o suporte político em Washington permanece estável.
Foto destaque: um míssil é lançado de um sistema Himars (Reprodução/Andrew Leeson/Getty Images Embed/AFP)