Desde os assassinatos de Ismail Haniyeh, chefe político do Hamas, em Teerã, e um comandante do Hezbollah, no final de julho, aumentou o clima de tensão entre Irã e Israel. O Estado Judeu acusado de ambos os ataques, não se manifestou sobre a autoria.
Para os Estados Unidos, uma retaliação colocaria em risco as negociações de cessar-fogo em Gaza. Nesta sexta-feira (16), um funcionário dos Estados Unidos declarou: “Queremos dissuadir os iranianos (...) de tomar este caminho porque as consequências seriam catastróficas, especialmente para o Irã”.
EUA em prontidão
Preocupados com uma crise ainda maior no Oriente Médio, os Estados Unidos têm mantido estado de prontidão e empregam esforços diplomáticos para conter retaliação iraniana pelas mortes dos terroristas. Segundo especialistas, o conflito entre Irã e Israel poderia ocasionar a maior batalha no Oriente Médio desde a 2ª Guerra Mundial.
Segundo autoridades americanas, em entrevista ao jornal "The Wall Street Journal", o Irã foi avisado de que os EUA estariam prontos para um “golpe devastador”, caso seguissem com o propósito de atacar Israel em resposta à morte dos líderes terroristas. Para fortalecer Israel, os Estados Unidos estabeleceram o envio do porta-aviões USS Abraham Lincoln e do submarino nuclear USS Georgia.
Israel mantém ofensivas a grupos terroristas
Um ataque aéreo de Israel, noticiado pela Reuters, ocasionou a morte de Samer al-Hajj, do alto escalão do grupo Hamas, na última sexta-feira (09/08). Segundo agentes de segurança libanesa, o ataque aconteceu na cidade portuária de Sidon, cerca de 60 quilômetros da fronteira com Israel.
Funeral de Samer al-Hajj (Foto: reprodução/Mahmoud ZAYYAT/Getty Images)
Samer era oficial de segurança do Hamas, que atuava no campo de refugiados palestinos Ain a-Hilweh, que fica próximo ao local do ataque.
Em resposta a este aos outros ataques que ocasionaram as mortes do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh e de um dos principais comandantes da milícia libanesa Hezbollah, Fuad Shukr, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, declarou ao jornal "The New York Times": "Israel cruzou todas as linhas vermelhas".
O diplomata teria ordenado um ataque a Israel. Também em resposta aos assassinatos, o grupo libanês Hezbollah, nesta sexta-feira (16) publicou um vídeo com uma possível preparação de mísseis. Não existem informações se esses ataques seriam em conjunto ou de forma independente.
Foto em destaque: Cortina de fumaça em Gaza, após bombardeio (Reprodução/Eyad Baba/Gaty Images)