Paulo Picchetti, diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, anunciou neste dia 7, nesta sexta-feira, que a tragédia causada pelas tempestades que ocorreram, ainda no início deste ano, no Rio Grande do Sul terá um impacto no preço dos produtos. Segundo ele, os cálculos preliminares que vão servir para medir o impacto da tragédia já estão sendo feitos pela autoridade monetária. Durante um seminário na FGV (Fundação Getúlio Vargas), que ocorreu na cidade de São Paulo, ele afirmou que "nos preocupa a curto prazo, mas tem um efeito a longo prazo".
Mudança ecológica
Paulo Picchetti em conferência (Foto: reprodução/Julia Nikhison/GettyImages Embed)
Paulo Picchetti afirmou também que, no mundo todo, os bancos centrais de outros países, estão focando em processos de mudança ecológica e aproveitou para deixar alertado que problemas em relação a esse tipo apresentam a possibilidade de afetar os mandatos do Banco Central Brasileiro, em relação a preservação do poder de compra e o equilíbrio do sistema de finanças.
PIB
Segundo Paulo Picchetti, no primeiro trimestre o PIB (Produto Interno Bruto) foi surpreendente bom e obteve uma ótima composição, apontando também para a recuperação de investimentos na ponta e também na recuperação do consumo de natureza privada.
Além disso, observando a taxa de crescimento que poderá aumentar as revisões do PIB para esse ano, ele afirma que pode subir até 2%. Com relação à inflação doméstica, o diretor do BC ressaltou que existe um processo de desinflação, que vale tanto no indicador cheio como vale nas médias dos núcleos.
Ele ainda expressou que os bens industriais possuem uma dinâmica mais tranquila. No entanto, Picchetti aproveitou para confirmar que existe a preocupação em relação ao inflacionamento dos serviços e disse que, mesmo que esteja decaindo, ele ainda continua seguindo dentro da meta.
Foto destaque: Picchetti fala sobre o Banco Central e suas metas (Reprodução/Maira Erlich/GettyImages Embed)