O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, alertou para o risco de uma iminente Terceira Guerra Mundial com o uso de armamento nuclear. Na segunda-feira (25), a Rússia demonstrou preocupação com o desfecho do conflito, já que, recentemente, autoridades do alto escalão americano visitaram a Ucrânia e se reuniram com o presidente do país, Volodymyr Zelensky. O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, e o secretário de Estado, Antony Blinken, garantiram que é possível a Ucrânia sair vitoriosa da guerra com o “equipamento adequado”.
Embora a população russa tenha se manifestado contra o avanço do confronto; agora, os países envolvidos parecem alimentar o desejo pela conquista. Não mais sob a égide de um discurso defensivo, o governo norte-americano comunicou o envio de US$700 milhões em ajuda militar adicional para os ucranianos. Além dos EUA, demais países da OTAN prometeram fornecer armas para o território. De acordo com o jornal O Globo, há um temor rondando os norte-americanos sobre a possível vitória russa, devido a chance de criar um precedente contra outros países e fortalecer ambições territoriais da China.
Tendo em vista as sanções impostas pelos países ocidentais contra Moscou e o apoio militar ao país do leste europeu, Lavrov não descarta a importância deste cenário, dizendo que o mesmo não pode ser subestimado. Além disso, o diplomata russo acusou Zelensky de "atuar" durante as negociações, gerando contradições no processo.
"A boa vontade tem limites, mas se não for recíproca, não contribui para o processo de negociações. Mas seguimos mantendo negociações com a equipe enviada por Zelensky", afirma Lavrov, que aposta na finalização do conflito por meio de um acordo diplomático.
Ministro das Relações Exteriores da Rússia e diplomata russo, Sergei Lavrov. (Foto: Reprodução/REUTERS)
Nesta terça-feira (26), autoridades de mais de 40 países se encontram na base da Força Aérea americana na Europa, em Ramstein, na Alemanha. Durante a reunião, os representantes discutem a melhor forma de suprir armamentos para a Ucrânia no conflito contra os russos. O governo alemão anunciou que enviará tanques do tipo “Gepard”, colaboração que pode contribuir para que os ucranianos sejam “bem-sucedidos no campo de batalha”, como anseia o presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Mark Milley.
Zelensky define seu país como um “verdadeiro símbolo da luta pela liberdade” e confia que o êxito na guerra seja apenas uma questão de tempo. Enquanto isso, o governo ucraniano estima que as mortes estejam na casa das dezenas de milhares. A economia do país também está em frangalhos; confira as consequências da guerra para o povo ucraniano.
Foto destaque: Ilustração de uma bomba explodindo próxima à Estátua da Liberdade, nos Estados Unidos. Reprodução/Pixabay.