Os índices de desmatamento na Amazônia aumentaram em 2022 comparados a mesmos períodos do ano passado, para se ter uma ideia, nos 5 primeiros meses deste ano a floresta brasileira perdeu 2.867 km², um aumento de 12,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em todo mês de maio foi desmatada uma área equivalente a 126 mil campos de futebol, os números são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão emissor de alertas diários de desmatamento.
Ao longo de toda a sua existência, o bioma amazônico sofre com esta atividade praticada pelo homem, o desmatamento, as áreas originalmente florestadas nessa região eram do tamanho da Europa Ocidental. Os campos desmatados somam cerca de 80% do total alterado pelo homem.
A perda de biodiversidade é um dos impactos mais severos do desmatamento, pois a maioria das espécies presentes não podem sobreviver às mudanças bruscas que são provocadas pelo corte e queima da floresta, além disso, promove a erosão do solo, perda das funções ecológicas da floresta no ciclo da água e no armazenamento de carbono, entre outros diversos malefícios a vida deste bioma.
Desmatamento causa perda da biodiversidade (Foto Reprodução: site do Imazon)
O estado do Amazonas foi o que sofreu maior desmatamento em maio, equivalente a quase um terço do total dos cortes na Amazônia, o mês de maio deste ano fechou como o segundo pior em sete anos, imagens de satélites do INPE mostraram um total de 2.287 incêndios na Amazônia em maio, uma alta de 96% em relação ao mesmo mês de 2021 e o pior número de incêndios em um mês desde 2004.
De acordo com informações do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia, o Imazon, o ano de 2021 em sua totalidade foi o pior ano para a floresta amazônica, nos 12 meses foram destruídos 10.362 km² de mata nativa, o que equivale à metade do estado do Sergipe, comparado a 2020, ano em que o desmatamento na Amazônia ocupou a maior área desde 2012, com 8.096 km² de floresta destruídos, a devastação em 2021 foi 29% maior, o desmatamento neste ano se encaminha para talvez um novo recorde, já que em 5 meses foram desmatados cerca de 30% do que foi degradado em todo o ano de 2021.
Foto destaque: Área desmatada na floresta amazonica (Reprodução: site do Imazon)
