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Desigualdade de gênero persiste no mercado de trabalho brasileiro, aponta estudo do IBGE

Mesmo com maior nível de escolaridade, mulheres enfrentam disparidades salariais e desafios para alcançar cargos de liderança, revela pesquisa divulgada pelo IBGE

08 Mar 2024 - 19h15 | Atualizado em 08 Mar 2024 - 19h15
Desigualdade de gênero persiste no mercado de trabalho brasileiro, aponta estudo do IBGE Lorena Bueri

Mulheres continuam enfrentando disparidades salariais em relação aos homens, mesmo com níveis mais altos de escolaridade. É o que revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu estudo “Estatísticas de Gênero”, divulgado nesta sexta-feira, em alusão ao 8 de março, data em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher.

Segundo o instituto, em média, as mulheres recebem 21% menos do que os homens, com a desigualdade mais acentuada nas áreas intelectuais e científicas, onde a diferença salarial chega a 36,7%. Os dados referentes a 2022 também destacam que 21,3% das mulheres com 25 anos ou mais possuem ensino superior, enquanto entre os homens esse índice é de 16,8%. No entanto, a presença feminina nas áreas de Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática (CTEM) é significativamente menor, representando apenas 22% dos formandos, em comparação com 23,2% há uma década.


Mesmo mais escolarizadas, mulheres ganham 21% menos que homens (Foto: reprodução/Pixabay)


Desigualdade é evidenciada no cotidiano

A desigualdade se estende além do mercado de trabalho, evidenciando-se em diversas esferas da sociedade. Mulheres de etnia preta ou parda enfrentam condições mais adversas, com menor participação na força de trabalho, maior envolvimento em trabalhos domésticos e menor acesso ao ensino superior em comparação com mulheres brancas.

A ascensão a cargos de liderança também é desafiadora para as mulheres, que ocupam apenas 39% dessas posições, em contraste com os 61% dos homens. A dificuldade é ainda mais evidente em setores predominantemente masculinos, como Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura, onde apenas 16% dos cargos gerenciais são ocupados por mulheres. Apesar das barreiras, quando conseguem chegar ao topo em tais áreas, as mulheres tendem a receber uma remuneração 28% superior à dos homens.

Trabalho doméstico

Além das disparidades profissionais, o estudo do IBGE destaca a sobrecarga de trabalho doméstico enfrentada pelas mulheres. Elas dedicam em média 21,3 horas semanais a afazeres domésticos, quase o dobro do tempo dedicado pelos homens. Essa carga adicional se reflete na menor participação das mulheres no mercado de trabalho, que ainda não se recuperou aos níveis pré-pandemia, especialmente entre aquelas que vivem em lares com crianças pequenas. 

Foto Destaque: desigualdade de gênero no trabalho (Reprodução/desigualdades.cl)

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