A mais nova pesquisa divulgada nesta sexta feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informou que a taxa de desemprego no Brasil atingiu 11,2% no trimestre encerrado no mês de janeiro, com isso a falta de trabalho ainda atinge 12 milhões de brasileiros.
Mesmo o mercado de trabalho dando sinais de melhora, o rendimento real do trabalhador segue em queda em todas as categorias, em um ano houve um encolhimento de 10%.
No levantamento anterior, referente ao trimestre fechado em dezembro a taxa de desemprego estava em 11,1%. Em 2014, a mínima histórica chegou a 6,5%.
O resultado foi um pouco melhor que o esperado, mas o IBGE considera comparáveis apenas os trimestres móveis com um intervalo de 3 meses. Conforme as previsões da Reuters era de que a taxa de desemprego ficaria em 11,4% no período.
Já o número de empregados no país atingiu 95,4 milhões de pessoas que trabalhavam, uma alta de 1,6% (1,5 milhão de pessoas) comparado com o trimestre anterior e de 9,4% (8,2 milhões de pessoas) na comparação anual.
É a primeira vez que o Brasil consegue ultrapassar o total de ocupados no período pré pandemia.
Já o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 55,3%, contra 54,6% no trimestre anterior. Em 2012, a máxima histórica chegou a 58,4%.
Evolução da taxa desemprego. ( Foto Reprodução: site G1)
A renda do trabalho diminuiu 1,1% em 3 meses e encolheu 9,7% frente ao mesmo trimestre de 2021, ficando em R$ 2.489 de média. Trata-se do menor rendimento médio da série de trimestres comparáveis. A mínima da série iniciada em 2012 foi registrada no trimestre encerrado em dezembro (R$ 2.465).
Em meio à queda do rendimento médio do trabalho, a massa de rendimento real habitual ficou em R$ 232,6 bilhões, um recuo de 0,9% em 1 ano.
No que diz respeito à informalidade, janeiro registrou 38,5 milhões de trabalhadores informais (40,4% da população ocupada), taxa menor que a do trimestre anterior (40,7%), mas maior que o mesmo período do ano passado (39,2%).
Diferentemente do observado nos últimos meses, quando o trabalho informal e por conta própria puxaram o aumento do número de ocupados no país, o emprego formal foi o destaque.
O número de trabalhadores com carteira assinada subiu para 34,6 milhões, mas ainda distante da máxima de 37,6 milhões registrada em 2014. Já o número de empregados sem carteira atingiu 12,4 milhões e o de trabalhadores por conta própria somou 25,6 milhões.
Foto Destaque: Fila de candidatos a trabalho: apesar da queda recente, desemprego segue próximo das máximas históricas.| Foto: Reprodução Albari Rosa/Gazeta do Povo