Uma tendência de queda na vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em relação ao atual presidente da república Jair Bolsonaro (PL), foi divulgada em uma pesquisa pelo Datafolha nesta quinta-feira (24).
Em dezembro do ano passado, o petista aparecia com 40 pontos à frente de Jair Bolsonaro no segmento da população de baixa renda.
No eleitorado de menor renda familiar que concentrado mais da metade dos entrevistados essa diferença agora é de 32 pontos, patamar menor que o registro de setembro de 2021 (34 pontos).
Os últimos levantamentos não são diretamente comparáveis, já que houve mudanças na lista de candidatos. Mas o levantamento mais recente indicou uma mudança de tendência, o que só poderia ser confirmado nas próximas pesquisas.
Lula tem 43% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro soma 26% (Foto: Reprodução/Poder 360)
O ex-presidente Lula, atualmente tem 51% dos votos entre os eleitores com até dois salários mínimos, contra 19% de Jair Bolsonaro. Durante quatro meses, ele permaneceu com 56% das intenções de voto nesse grupo, contra 16% do atual presidente da república.
No eleitorado de um modo geral, a diferença é de 17 pontos percentuais. Lula tem 43% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro soma 26%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Em meio à piora de indicadores econômicos, como a alta da inflação, a expectativa no Palácio do Planalto é que o pagamento do Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, amenize o baixo desempenho de Bolsonaro entre os eleitores mais pobres, até a disputa eleitoral. Atualmente, 17,5 milhões de famílias estão sendo atendidas pelo programa Auxilio Brasil.
O Datafolha ouviu em média de 2.500 eleitores em 181 municípios de todo o país entre terça e quarta-feira (19). A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-08967/2022.
O nível de confiança do levantamento é de 95%, isto é, pelo fato da probabilidade de que ele o reproduza o cenário atual, considerando também a margem de erro.
Foto Destaque: Lula e Jair Bolsonaro/ Reprodução: Carta Capital