Notícias

Dados de observatório europeu expõem que 2023 foi o mais quente em 100 mil anos

O ano de 2023 foi o mais quente já registrado, com temperaturas 1°C acima do pré-industrial; destaca-se a urgência global contra as mudanças climáticas

09 Jan 2024 - 16h01 | Atualizado em 09 Jan 2024 - 16h01
Dados de observatório europeu expõem que 2023 foi o mais quente em 100 mil anos Lorena Bueri

O ano de 2023 foi oficialmente confirmado como o ano mais quente já registrado, fato que marca um ponto crítico nas mudanças climáticas globais, conforme revelado em um relatório divulgado pelo renomado observatório europeu Copernicus nesta terça-feira (9), através do site do C3S. O documento apresenta dados alarmantes, destacando que, pela primeira vez, todos os dias do ano superaram 1°C acima do nível pré-industrial.

O aquecimento extraordinário não se limitou a essa marca, com metade de 2023 registrando temperaturas que ultrapassaram 1,5°C acima do esperado, atingindo até 2°C mais quentes em dois dias de novembro. Esses números informados representam as temperaturas mais elevadas experimentadas nos últimos 100 mil anos, conforme aponta a paleoclimatologia, campo de estudo que utiliza métodos para estimar as temperaturas de épocas passadas através da reconstrução e simulação do comportamento atmosférico.

O planeta Terra está próximo do “limite seguro”

A Terra agora está perigosamente próxima do "limite seguro" estabelecido pelos cientistas em 1,5°C, com o relatório do Copernicus indicando que a temperatura média global em 2023 ficou 1,48°C acima do nível pré-industrial. Esse número é próximo da marca crítica, que é considerada crucial para evitar as consequências mais severas das mudanças climáticas, conforme estabelecido no Acordo de Paris.

Além disso, o relatório ressalta que o aquecimento intenso resulta principalmente das contínuas emissões de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono e metano, que atingiram níveis alarmantes em 2023. Embora o fenômeno El Niño tenha influenciado, as concentrações crescentes desses gases são apontadas como o fator dominante.

O documento destaca os resultados da COP 28, a 28ª conferência do clima da ONU, realizada em dezembro de 2023. O acordo final prevê a redução gradual do uso de combustíveis fósseis para diminuir as emissões de gases de efeito estufa. No entanto, não há detalhes de como essa transição energética será realizada, bem como quais recursos financeiros serão alocados. O acordo reconhece a necessidade urgente de reduções profundas e sustentadas nas emissões de carbono para limitar o aumento da temperatura global em 1,5°C.


Termômetro acima dos 40ºC

Termômetro acima dos 40ºC (Foto: reprodução/Freepik)


Opinião dos especialistas na área

Para os cientistas, esses dados reforçam a importância de ações imediatas e globais para conter as mudanças climáticas. A comunidade internacional é desafiada a adotar medidas mais rigorosas, incluindo políticas de redução de emissões, incentivo a fontes de energia renovável e práticas sustentáveis, a fim de garantir a sustentabilidade do planeta para as gerações futuras. O relatório serve como um alerta contundente sobre a urgência de abordar a crise climática de maneira proativa e coletiva.

Foto destaque: mapa de calor do mundo (Reprodução/Climate Reanalyzer)

Lorena Bueri CEO, Lorena Bueri, madrinha perola negra lorena bueri, lorena power couple, lorena bueri paparazzi, Lorena R7, Lorena Bueri Revista Sexy, Lorena A Fazenda, Lorena afazenda, lorena bueri sensual, lorena gata do paulistão, lorena bueri gata do paulistão, lorena sexy, diego cristo, diego a fazenda, diego cristo afazendo