Em reportagem especial para o programa Fantástico, o fotógrafo e documentarista brasileiro, Gabriel Chaim, acompanhou missões de busca por sobreviventes no kibutz Kfar Aza, em Israel. Segundo forças de defesa de Israel, após o ataque realizado por 70 militares do Hamas em Kfar Aza, às 6h30 da manhã de sábado, dia 7 de outubro de 2023, a região que está localizada há 3 quilômetros de Gaza e que antes contava com quase 800 habitantes, aproximadamente 10% de seus moradores foram mortos ou sequestrados pelo grupo terrorista.
Coronel Golan Vach
Coronel Galon Vach em entrevista sobre operação de busca por sobreviventes em desabamento de prédio na Flórida, Estados Unidos. (Reprodução/AFP)
O coronel israelense, Golan Vach, é chefe do serviço militar israelense de busca e resgate e, há 31 anos, dedica a vida ao exército israelense e atua em missões de procura por sobreviventes de catástrofes ao redor do Mundo, como no terremoto que afetou a Turquia no começo deste ano e o rompimento da barragem da cidade mineira de Brumadinho em janeiro de 2019. O coronel estava entre os 136 militares que trouxeram mais de 16 toneladas de equipamentos para localizar os corpos das pessoas que estavam debaixo da lama.
Entrevista
Em entrevista ao Fantástico, Vach se disse impressionado com a violência dos ataques realizados em Israel: “Eu estive em muitos lugares que passaram por terremotos, ataques terroristas. Eu nunca vi nada como eu vi agora. É algo que eu nunca pensei em enfrentar". Na sexta-feira (27), em entrevista à agência AFP, Vach diz ter visto corpo de bebê decapitado em Beeri, outro kibutz que também foi atacado pelo Hamas. As inúmeras acusações de que há vítimas decaptadas estão ganhado força na mídia israelense, entretando, porta-vozes oficiais disseram posteriormente que essas informações não podem ser confirmadas.
Segundo a BBC, a maioria das vítimas morreu nas primeiras horas do ataque. Por conta do ataque surpresa, o exército israelense levou 12 horas para chegar ao kibutz Kfar Aza. O oficial israelense de 24 anos, Omer Barak, conta que no dia do ataque, os agressores incendiaram as casas para forçar os ocupantes a sair e então abriram fogo contra eles.
Foto destaque: casa incendiada em kibutz Kfar Aza. (Reprodução/Ronen Zvulun/Reuters)
