O líder norte coreano Kim Jong-Um defendeu em um relatório à nação divulgada pela Agência oficial de notícias, que o país precisa “aumentar exponencialmente” o seu arsenal nuclear, tendo em vista que Estados Unidos e Coreia do Sul tem feito exercícios militares na região próxima a capital do país Pyongyang.
Durante a última semana do ano de 2022, a Coréia do Norte testou por duas vezes e que foi chamado pelo governo de “grande sistema de foguetes de lançamento múltiplo com capacidade nuclear que poderia colocar toda a Coreia do Sul em seu alcance, de acordo com um relatório da Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA)”, com capacidade lançar ogivas nucleares sobre o continente americano.
Ainda em seu discurso, Kim Jong-Un afirmou que a Coréia do Sul se tornou um “inimigo indubitável” e que em conjunto com os Estados Unidos aumentaram a pressão em nível máximo a nação norte coreana no ano passado. Kim diz que “As forças-fantoche sul-coreanas designaram a Coreia do Norte como seu principal inimigo e falaram abertamente em "preparativos para a guerra", assumindo a retórica do nosso indubitável inimigo [EUA]. Isso destaca a importância e a necessidade de uma produção em massa de armas nucleares táticas e pede um aumento exponencial do arsenal nuclear do país". Kim ainda pediu para que fosse desenvolvido a rapidamente um novo míssil balístico intercontinental capaz de realizar um contra-ataque rápido, segundo a KCNA.
Míssel balístico desenvolvido pela Coréa do Norte. (Foto:Reprodução/Twitter)
Também segundo o relatório divulgado, foi prometido que o país irá lançar um novo satélite militar. Com esses planos divulgados além de outros já em andamento, como drones, mísseis e submarinos nucleares, o país tem procurado se aperfeiçoar cada vez mais a fim de que possa realizar um ataque aos EUA, Coreia do Sul e Japão, considerados inimigos por ele.
A tensão na região foi aumentada durante o ano de 2022, quando se foi testado cerca de 70 mísseis em chamados exercícios militares. Kim Jong-Un não se vê, como ele próprio diz, se sentando a mesa para negociar um desarmamento nuclear, pois diz que a Coreia do Norte irá ser uma potência nuclear.
Kim Jong-un aparece ao lado de sua filha em depósito de mísseis KN-23 com capacidade nuclear. (Foto: Reprodução/Twitter)
Caso a Coreia do Norte teste novamente armamentos nucleares, EUA, Coréia do Sul e Japão prometeram punições severas. Porém, mesmo com as sanções econômicas impostas à Coreia do Norte, e o isolamento, não fizeram o líder rever suas posições. Há também, segundo diplomatas, uma chance quase nula de China e Rússia vetarem no conselho de segurança qualquer ação dos norte coreanos, pois nos últimos anos a Coreia do Norte flexibilizou medidas alfandegárias para aumentar o comércio com a Rússia e a China.
Foto Destaque: Kim Jong-Un líder da Coréia do Norte. Reprodução/Twitter.