Conforme autoridades dos Estados Unidos, a Coreia do Norte lançou um míssil balístico intercontinental na manhã de quinta-feira (31), horário local. Esse lançamento marca o primeiro teste norte-coreano desde o envio de militares do país para a Rússia.
Lançamento de míssil Norte-Coreano tem altura recorde
O Exército sul-coreano informou que o lançamento do míssil ocorreu por volta das 7h10 (19h10 de quarta-feira, horário de Brasília) de uma região próxima a Pyongyang, com direção ao Mar do Japão.
Segundo o governo japonês, o míssil alcançou uma altitude superior a 7.000 km, estabelecendo um recorde para lançamentos norte-coreanos. As autoridades japonesas também confirmaram que o tempo de voo foi o mais longo já registrado para artefatos produzidos pelo regime de Kim Jong-un.
A Coreia do Norte geralmente dispara mísseis de longo alcance em uma trajetória vertical, não horizontal, evitando que sobrevoem países vizinhos. De acordo com o Japão, o projétil caiu no mar sem causar danos.
Embora tenham condenado o lançamento, os Estados Unidos afirmaram que a ação norte-coreana não representa uma ameaça imediata ao território norte-americano ou a seus aliados.
Imagem de um parlamento da Coreia do Norte em parceria com a Rússia (Foto: reprodução/Kim Won Jin/Getty Imagens Embed)
Resposta estratégica dos EUA
A agência de notícias sul-coreana Yonhap informou que os Estados Unidos planejam responder ao teste norte-coreano com o uso de recursos estratégicos em seus exercícios militares.
Segundo o governo da Coreia do Sul, informações sobre as ações da Coreia do Norte estão sendo compartilhadas com os Estados Unidos e o Japão.
Em dezembro de 2023, a Coreia do Norte realizou seu teste mais recente com um míssil balístico intercontinental. Na ocasião, a altitude e a duração do voo indicaram que o míssil poderia alcançar até 15.000 km de distância, abrangendo qualquer ponto no território continental dos Estados Unidos.
Novas restrições de exportação
O governo sul-coreano anunciou nesta quinta-feira (31) novas restrições à exportação de materiais essenciais para a produção de mísseis de combustível sólido, visando limitar o avanço dos mísseis balísticos norte-coreanos.
Essas restrições, comunicadas pelo Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul, incluem 15 itens que a Coreia do Norte encontra dificuldade em fabricar internamente, como tubos de combustão e fuselagens.
Foto Destaque: Bandeira da Coreia do Norte com mísseis atrás (Reprodução/Anton Petrus/Getty Imagens Embed)
