Na manhã desta terça-feira (27) os preços do petróleo subiram 2,4% embora permaneçam perto dos mínimos de oito meses e caíram acentuadamente na semana passada. Não é de se esperar que o furacão Ian represente uma grande ameaça ao abastecimento nacional de gasolina e petróleo, apesar que a tempestade de categoria três inviabilize parte da produção de petróleo no Golfo do México.
O furacão está cada vez mais próximo do oeste e centro da Flórida com ventos fortes de 200 km\h.
Porém, ainda há possibilidade de problemas com o abastecimento causados pela tempestade, o furacão Ian não parece ser um grande risco para o abastecimento nacional de petróleo em grande parte já que a Flórida não é um grande produtor ou refinador.
Vale ressaltar que o centro de refinarias e produtores da costa do Golfo não está no caminho da tempestade como previsto.
Os meteorologistas dizem que o caminho do furacão permanece incerto e tendo uma mudança para o oeste mudaria as coisas, deixando de lado a produção adicional de petróleo no Golfo e no centro vital de refinarias do país no Texas e Louisiana.
NASA libera imagem do furacão Ian filmado pela ISS (Divulgação/CIRA)
Em nota, Bob Mcnally, presidente da consultaria Rapidan Energy Group, disse “O maior risco seria se o caminho mudasse e virasse para o oeste, Até agora, não vejo muito impacto.”
Na última segunda-feira (26) A Chevron e a BP anunciaram a evacuação pessoal dos campos offshore de petróleo e gás natural no Golfo do México por causa do furacão Ian. Essas evacuações corromperam mais de 400 mil barris por dia de produção de petróleo, representando 27% da produção de petróleo do Golfo.
Para contextualizar, isso equivale a menos de 5% da produção diária total de petróleo dos EUA. Especialistas dizem que é possível que haja atrasos na entrega de gasolina, diesel e combustível de aviação para o mercado da Flórida devido ao furacão, especialmente se os terminais de produtos refinados em Tampa, na Flórida, forem danificados por ventos fortes e inundações. Inundações essas que podem ser severas e deixarem os terminais offline por semanas.
Analistas também afirmam que o aumento dos preços do petróleo pode ser parcialmente uma resposta a essas paralisações das plataformas do Golfo do México.
Os preços da gasolina subiram nas últimas semanas, embora essa tendência tenha começado antes da formação do furacão. Segundo a AAA (Associação Automobilística Americana, a média nacional de gasolina comum agora é de US$ 3,75 por galão, acima da recente baixa de US$ 3,67.
Foto Destaque: Furacão Ian. Reprodução: Getty images.