Hamas ameaça de morte todos os reféns ainda em seu poder se Israel não aceitar cumprir com as “exigências” do grupo terrorista, enquanto os israelenses, não só não cedem, como intensificam os bombardeios na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (11).
Não há acordo
O foco de Israel agora é o sul de Gaza, os últimos ataques do exército israelense se concentraram na cidade de Khan Yunis, de onde teriam sido lançados os foguetes contra Israel.
Apesar da força dos ataques israelenses à Gaza, o comandante de seu exército, Herzi Halevi, declara que ainda não utilizaram todo seu poder bélico contra o grupo terrorista, E, reiterou que os ataques serão ainda piores caso todos os combatentes do Hamas não se rendam. Segundo o primeiro-ministro, já houve um número significativo de rendições, o que, para Beijmain Netanyahu, “é o começo do fim do Hamas”, mas Israel quer que todo o grupo deponha suas armas.
Porém, o alto-comando do Hamas insiste que, sem negociação para o cumprimento de suas exigências, mais nenhum refém voltará “vivo” para casa.
Feridos e desabrigados na Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Said Khatib/AFP/CP)
Números da Guerra
Os últimos números liberados pelo Ministério da Saúde do Hamas, afirmam que as mortes causadas pelo conflito já chega a 17.997 e que, em sua maioria, trata-se de mortes de mulheres e crianças.
A ONU também declarou que cerca de 1,9 milhão, sendo um milhão de crianças, dos 2,4 milhões de habitantes da região de conflito, encontram-se sem moradia. E que, no momento, "o impacto do conflito na saúde é catastrófico", segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral. Enquanto para o secretário-geral, António Guterres, tal situação pode gerar consequências "irreversíveis para os palestinos" e toda a região.
Novo Cessar-fogo
Enquanto a guerra se intensifica, o Catar, que é considerado o principal mediador do conflito, afirma que ainda trabalha pela possibilidade de um novo cessar-fogo, assim como pela libertação de todos os reféns. O Catar ainda expressa sua preocupação com a intensificação dos ataques de Israel e Gaza, afirmando também o “impacto catastrófico” da ação.
Foto destaque: bombardeios atingem prédios em Gaza. (Reprodução/Ashraf Amra/Reuters)