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Comandantes das Forças Armadas defendem que militares envolvidos em atos golpistas sejam punidos

Nos últimos dias, a operação dos militares tem sido citada em episódios envolvendo atos de golpe de Estado ou contra a lei que teriam sido praticados durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

21 Ago 2023 - 10h30 | Atualizado em 21 Ago 2023 - 10h30
Comandantes das Forças Armadas defendem que militares envolvidos em atos golpistas sejam punidos Lorena Bueri

Neste sábado (19), o presidente Lula se reuniu com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os comandantes das Forças Armadas por cerca de duas horas no Palácio da Alvorada. O encontro aconteceu um dia antes da viagem do presidente à África do Sul, onde participará da cúpula do BRICS.

A Marinha, o Exército e a Aeronáutica disseram ao presidente que estão defendendo a investigação e punição de militares envolvidos nos atos golpistas. A reunião se iniciou às 18h e foi concluída por volta das 20h. O presidente também enfrentou os planos de investimentos das três forças, além da investigação sobre os atos golpistas.

O Ministro da Defesa disse que: "Foi uma reunião para falar de tudo. Nela, também falamos sobre a questão dos atos de 8 de janeiro. Falamos que às Forças Armadas interessa que tudo seja esclarecido, investigado e que militares que tenham se envolvido em atos golpistas sejam devidamente punidos".

O Almirante Marcos Sampaio Olsen é o comandante da Marinha atualmente. O comandante do Exército é o General Tomás Miguel Paiva, e o Tenente-Brigadeiro Marcelo Damasceno está comandando as Forças Aéreas.


Lula, Múcio e os comandantes das Forças Armadas em evento com militares no Planalto (Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert/PR via g1)


Pedido de informações

Nos últimos dias, a operação dos militares tem sido citada em episódios envolvendo atos de golpe de Estado ou contra a lei que teriam sido praticados durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No domingo (20), o ministro Múcio também revelou que vai pedir à Polícia Federal que repasse ao ministério informações sobre os encontros entre o hacker Walter Delgatti e os integrantes do Ministério da Defesa. De acordo com o ministro, ele vai voltar a solicitar essas informações na segunda-feira (21), porque ainda aguarda os detalhes das reuniões para tomar decisões internas.

Dentre as informações, estão as de que o hacker Walter Delgatti se reuniu com os militares do Ministério da Defesa da época para cooperar com a comissão que analisava os riscos das urnas eletrônicas, trabalhando pelos objetivos de Bolsonaro.

Investigação e punição

O ministro e os comandantes disseram a Lula que estão em busca para identificar os militares que teriam se envolvido no caso. De acordo com eles, quem for identificado, será investigado e punido, caso seja confirmado que fizeram algo errado.

Foto Destaque: Atos golpistas. Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil via Brasil de Fato

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