Depois de quase 3 anos e nas vésperas do ano novo lunar a ser comemorado na China, dia 22 de janeiro, o governo decidiu reabrir as suas fronteiras a visitantes internacionais, sem mais a necessidade de haver uma quarentena e testes obrigatórios contra Covid-19. Logo na manhã desse domingo (08), milhares de chineses habitantes da ilha de Hong Kong, território semiautônomo chinês, já lotavam balsas e aeronaves para rever seus familiares, pois desde março de 2020 estavam impedidos.
Nos aeroportos das maiores cidades chinesas, filas aumentavam a cada instante. As cidades mais procuradas eram Pequim, Xiamen e Tianjin. São esperadas mais de 2 Bilhões de viagens, esse número será o dobro do que foi registrado no último ano, quando a política de covid zero ainda estava em vigor.
O fim das restrições e a abertura a visitantes internacionais na China, ocorre um dia após o início do período conhecido como "chunyun", que são 40 dias em que a população geralmente volta a sua terra natal a fim de passar o ano novo junto dos seus familiares. Um estudante chinês que mora na Austrália declarou que "Faz mais de três anos desde a última vez que vi meus pais, e a reabertura significa que nossa família pode finalmente se reunir". Esse é só um exemplo entre milhares que estavam no aguardo de encontrarem os seus familiares.
Chineses comemorando o ano novo lunar em foto pré pandemia. (Foto: Reprodução/Twitter)
O relaxamento das medidas de covid zero chinesas ocorreu após pressão popular e da comunidade internacional, porém o governo alega que é por conta dos indicativos econômicos chineses, pois a pandemia e a política restritiva gerou muita pobreza e muitas pessoas estão lutado financeiramente.
Com o fim das restrições, a Covid avança de maneira avassaladora pelo país. Desde o início de dezembro, quando a política de covid zero foi definitivamente relaxada, o país deixou de publicar dados oficias e de casos e mortes pela doença. Estima-se que 2.5 milhões de pessoas são contaminadas por dia, com cerca de 16 mil mortes diárias, segundo estudo estimado da empresa Airfinity, com sede em Londres.
Foto Destaque: Morador de Hong Kong reencontra família às vesperas do ano novo Lunar. Reprodução/Twitter.