A China está cada vez mais entre as nações mais desenvolvidas e importantes do mundo, e o próximo passo é a exploração do lado oculto da lua. Em 2024, os chineses pretendem, segundo as autoridades, trazer de volta à terra amostras de materiais recolhidos na missão espacial que foi enviada em 2020 com esse propósito.
Além dos planos para o ano que vem, Pequim pretende enviar, até 2030, astronautas ao lado sul da lua e tem planos ambiciosos de construir uma estação espacial internacional de pesquisa no local.
Próximas missões
O governo chinês, através da Administração Espacial Nacional da China (CNSA), afirma que a próxima expedição, a Chang’e-6, está evoluindo nos preparativos e deve ocorrer já no ano que vem, e que poderá ser feita já no primeiro semestre de 2024.
A CNSA pede apoio global para a missão que pretende enviar, em 2028, a Chang´e-8. Assim, acolheria projetos de outros países e conseguiriam trabalhar em conjunto para a exploração desse lado da lua, seria uma espécie de carona na nave chinesa. Os Estados Unidos costumam fazer esse tipo de acordo com outras nações.
Foto resgistrando o lado oculto da Lua com a Terra ao fundo. (Foto: reprodução/X/@Astronomiaum)
Pioneirismo chinês
A China foi o primeiro país a enviar uma expedição não tripulada para explorar o lado sul da lua, isso no ano de 2019. No ano passado, construiu uma estação espacial orbital e agora pretende enviar uma nave tripulada para uma missão no local até 2030.
Parcerias
A China atualmente possui parceria com Rússia, Venezuela e África do Sul, mas tem planejamento para que outros países se integrem ao audacioso projeto chinês. A Índia surge como um potencial parceiro, no entanto, brigas políticas por questões territoriais podem impedir essa integração.
Em agosto, a Índia pousou um veículo espacial na lua, se tornando a quarta nação a ter atingido o feito, pois chegou mais perto do lado sul do que qualquer outra nave havia chegado.
O que é o lado oculto da Lua
O lado oculto da lua é o lado sul dela, o que não se consegue observar da terra. Ele é coberto por enormes crateras, porém, não tem grandes mares lunares, que são as manchas escuras, de fluxos de lavas antigas. Esse tipo de solo é visto como importante para os cientistas, pois nunca foi explorado. A expedição que foi em 2019 irá retornar à terra no ano que vem trazendo amostras de poeira e rocha para maiores estudos.
Foto destaque: o satélite lunar chinês Longjian no Lado sul da Lua. Reprodução/X/@G1