Em 2022, foram registrados mais de 56 mil casos com denúncias de stalking no Brasil. A cada dia acontecia, em média, 155 ocorrências. A concentração das vítimas ficou na população feminina, em que 50 mil mulheres relataram que sofreram perseguições.
Comparação com 2021
Em 2021, foram registrados mais de 30 mil casos de stalking, com uma média de 115 ocorrências por dia. Com um aumento de 75%, o ano de 2022 superou a soma dos casos nacionais e em relação a cada estado do Brasil.
Veja os cinco estados com mais registros de casos de stalking do país, comparando os anos de 2021 e 2022:
- São Paulo: 10.572 para 17.079;
- Rio Grande do Sul: 4.100 para 5.424;
- Paraná: 3.132 para 4.801;
- Santa Catarina: 1.576 para 3.313;
- Goiás: 1.657 para 2.893;
Crime de stalking
O stalking começou a ser considerado um crime em 2021 e acontece quando uma pessoa persegue e ameaça outro indivíduo, seja por meios digitais ou pessoalmente. Caso a pessoa não queira ter contato com o seguidor, mas mesmo assim é abordada, isso se trata de um crime de perseguição.
Os julgados pelo crime podem ser condenados de seis meses a dois anos de prisão. No entanto, se a vítima for uma mulher, o preso poderá ficar até 3 anos detido.
Homem observando três mulheres. (Foto: reprodução/Direito Penal Brasileiro)
Medidas protetivas
Caso uma mulher sofra de stalking, ela pode recorrer à políticas protetivas para sua segurança. A delegada Jamila Jorge Ferrari, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher, contou sobre o funcionamento das medidas e quando elas passam a ter efeito.
A delegada afirma que a medida protetiva é “essencial para as mulheres vítimas de violência”. A decisão traz ferramentas de proteção, como a “proibição de contato por qualquer meio". Caso o indivíduo descumpra com as regras, seja entrando em contato por telefone, mensagem ou pessoalmente, ele será preso.
No entanto, se o procurado não for preso em flagrante imediatamente, a vítima poderá fazer o boletim de ocorrência de cumprimento e a polícia solicitará a prisão.
Foto destaque: Perseguição na rua. Reprodução/Mota Farias.