O presidente da república Jair Messias Bolsonaro (PL) afirmou que se reeleito irá "resolver comm o Edson Fachin (Ministro do Supremo Tribunal Federal) as questões sobre o decreto de armas em uma semana". Na segunda-feira, o ministro restringiu a aquisição de armas e também munições para cidadãos comuns, até então autorizada por decretos do poder Executivo.
"Não concordo em nada com o senhor Fachin. Peço que quem está assistindo que acredite em mim. Acabando as eleições, a gente resolve essa questão dos decretos em uma semana. Todo mundo tem que jogar dentro das quatro linhas na Constituição. encerrou por aqui o assunto de decretos.Acabando as eleições e eu sendo reeleito, a gente resolve esse problema e outros problemas." disse Jair Messias Bolsonaro durante uma sabatina realizada pela Jovem Pan News.
Jair Bolsonaro e Edson Fachin. (Foto reprodução/UOL)
O ministro do STF analisou as três ações sobre o tema e as mandou ao plenário virtual da Corte. Os requerimentos aguardavam julgamento desde o ano passado, após o pedido de vista doentão ministro Nunes Marques. Fachin disse que atendeu o pedido em razão de urgência das eleições.
"Você vai chegar para um cara no campo que tem uma arma lá ou que quer comprar uma arma e falar : 'Você tem que devolver sua arma ou não pode comprar uma arma'. Enquanto isso a bandidagem que está sendo protegida por Fachin não sofre nenhuma retaliação", comentou Bolsonaro.
A decisão do ministro Fachin é pelo motivo de ver um grande risco de violência política nas eleições deste ano e determinou hoje a suspensão de trechos de decretos em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) facilitou a compra e o porte de armas de fogo. Poderá fazer o pedido de porte quem comprovar que realmente tem necessidade de ter uma arma em casa, segundo o ministro.
Foto destaque : Fachin e Bolsonaro. Reprodução/G1