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Caso Moïse: Testemunhas afirmam que chamaram guardas municipais, que ignoraram o caso

Novas informações foram divulgadas a respeito da morte do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, assassinado no dia 24 de janeiro, na Barra da Tijuca. Um casal de testemunhas afirmam terem alertado dois guardas, mas não foram atendidos.

03 Fev 2022 - 18h35 | Atualizado em 03 Fev 2022 - 18h35
Caso Moïse: Testemunhas afirmam que chamaram guardas municipais, que ignoraram o caso Lorena Bueri

Na noite de quarta-feira (2) foram divulgadas novas informações sobre o caso do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, espancado até a morte no dia 24 de janeiro, em um quiosque na Barra da Tijuca. Um casal de testemunhas, afirmaram terem alertado a dois guardas municipais sobre as agressões que estava ocorrendo, porém, não foram atendidos pelos agentes. Os dois ainda tentaram socorrer Moïse, mas já era tarde demais.

Uma das testemunhas é a moça que aparece ao fim das imagens da agressão, ela estava na praia da Barra da Tijuca, com o marido e dois primos quando decidiu ir ao quiosque Tropicália. Ao chegar no local, viu três homens agredindo o rapaz caído no chão. Um dos agressores teria dito que “ele estava assaltando pessoas e eles queriam dar o corretivo”.

A testemunha chamou seu marido para ambos tentarem ajudar Moïse, nisso abordaram os guardas municipais, e contaram o que estava acontecendo, mas os agentes não interviram. O casal então voltou para o quiosque, e avistaram a vítima com sinais vitais fracos. Foi quando um dos agressores, Alesson Fonseca, 19, mandou os dois se afastarem do jovem.


O video mostra cenas do espancamento do congolês Moïse (Reprodução/Youtube)


A Secretaria Municipal de Ordem Pública informou em nota que estão à disposição. A polícia civil também informou que as investigações continuam pela equipe da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e seguem sob sigilo.

O congolês, de 24 anos, veio para o Brasil como refugiado em 2014, com a mãe e os irmãos. Segundo a família, Moïse foi agredido após ter cobrado dois dias de pagamento atrasado. O corpo foi achado amarrado em uma escada.

Um dos acusados, Alesson de Oliveira, que aparece no vídeo diz que o jovem e um senhor, estavam brigando quando ele e os amigos foram defende-lo. "Ele teve um problema com um senhor do quiosque do lado, nós fomos defender o senhor e infelizmente aconteceu a fatalidade dele perder a vida", disse.

 

Foto reprodução: Congolês assassinado na Barra da Tijuca. Reprodução/Instagram

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