Na noite de quarta-feira (2) foram divulgadas novas informações sobre o caso do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, espancado até a morte no dia 24 de janeiro, em um quiosque na Barra da Tijuca. Um casal de testemunhas, afirmaram terem alertado a dois guardas municipais sobre as agressões que estava ocorrendo, porém, não foram atendidos pelos agentes. Os dois ainda tentaram socorrer Moïse, mas já era tarde demais.
Uma das testemunhas é a moça que aparece ao fim das imagens da agressão, ela estava na praia da Barra da Tijuca, com o marido e dois primos quando decidiu ir ao quiosque Tropicália. Ao chegar no local, viu três homens agredindo o rapaz caído no chão. Um dos agressores teria dito que “ele estava assaltando pessoas e eles queriam dar o corretivo”.
A testemunha chamou seu marido para ambos tentarem ajudar Moïse, nisso abordaram os guardas municipais, e contaram o que estava acontecendo, mas os agentes não interviram. O casal então voltou para o quiosque, e avistaram a vítima com sinais vitais fracos. Foi quando um dos agressores, Alesson Fonseca, 19, mandou os dois se afastarem do jovem.
O video mostra cenas do espancamento do congolês Moïse (Reprodução/Youtube)
A Secretaria Municipal de Ordem Pública informou em nota que estão à disposição. A polícia civil também informou que as investigações continuam pela equipe da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e seguem sob sigilo.
O congolês, de 24 anos, veio para o Brasil como refugiado em 2014, com a mãe e os irmãos. Segundo a família, Moïse foi agredido após ter cobrado dois dias de pagamento atrasado. O corpo foi achado amarrado em uma escada.
Um dos acusados, Alesson de Oliveira, que aparece no vídeo diz que o jovem e um senhor, estavam brigando quando ele e os amigos foram defende-lo. "Ele teve um problema com um senhor do quiosque do lado, nós fomos defender o senhor e infelizmente aconteceu a fatalidade dele perder a vida", disse.
Foto reprodução: Congolês assassinado na Barra da Tijuca. Reprodução/Instagram