Devido a mais recente onda de covid-19 que agravou uma tendência de desaceleração de todos os setores nos últimos meses, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas, a confiança no setor de serviços iniciou 2022 dentro de seu menor patamar comparado aos últimos 8 meses.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) teve sua queda mais intensa desde março de 2021. Em janeiro deste ano caiu 4,3 pontos, mínima desde maio de 2021, indo para 91,2 pontos. Essa foi a terceira baixa mensal consecutiva a ser registrada.
Segundo o economista Ibre Rodolpho Tobler da FGV explicou em nota “O resultado negativo deste mês parece refletir a desaceleração que já vinha sendo sinalizada nos últimos meses, mas com o acréscimo da nova onda da pandemia”. O economista ainda acrescenta que “Além do cenário macroeconômico ainda difícil e da cautela dos consumidores, a volta de algumas medidas restritivas já impacta a atividade do setor e liga o sinal de alerta sobre o ritmo dos próximos meses”.
ICS cai a mínima em 8 meses. (Foto: Reprodução/MMURAD/FGV)
O maior destaque negativo dentre os segmentos do setor de serviço foi dos serviços prestados às famílias, o que, segundo Tobler, é reflexo dos surtos recentes da variante Ômicron do coronavírus e de influenza. O segmento tinha contribuído positivamente no final de 2021 para a recuperação do setor e tinham alcançado um nível de confiança acima do esperado.
Em dados divulgados pelo IBGE mostraram que o setor de serviços brasileiro apresentou avanço de 2.4% em novembro na comparação de outubro, assim sendo registrado a maior taxa de crescimento desde fevereiro do ano passado.
O Índice de Expectativa (IE-S), índice que indica as perspectivas para os próximos meses teve um recuo de 5,5 pontos, caindo para 93,2 pontos, sendo a mínima desde maio de 2021 que contava com 92,4 pontos.
Foto Destaque: Confiança no setor de serviços cai no Brasil. Foto: Reprodução/Andre Coelho/Bloomberg.
