Na noite da última sexta-feira (07), um homem que não teve o nome revelado, foi baleado e morto depois de ser confundido com com um javali. O caso aconteceu em uma fazenda em São João de Iracema, no interior de São Paulo.
Conforme informações da Polícia Militar, quatro amigos estavam caçando javalis na região e teriam se divido em duplas. Porém, um dos homens teria disparado contra o animal e acabou acertando um de seus colegas.
Segundo ainda a Polícia, o homem que atingiu o amigo fugiu do local. O caso foi registrado como homicídio culposo e está sendo investigado pelas autoridades no momento. Ainda não se tem informações sobre os envolvidos possuírem registro de caçador.
Javali. (Reprodução / Freepik)
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo (Semil) afirma que a caça ao javali é proibida em todo estado de São Paulo, de acordo com a Lei Estadual nº 16.784, de 28 de junho de 2018 — mesmo sendo permitido pelo Ibama. Com isso, é permitido atualmente apenas o controle populacional de javalis por meio de perseguição, captura e eliminação direta de espécimes.
De acordo com o próprio Ibama, os javalis são um grande problema para o meio ambiente e para a agricultura, já que o animal contabiliza constantemente diversos prejuízos em lavouras atacadas pelos bichos. Ao todo, o órgão estima que eles estão presentes em, pelo menos, 650 municípios de 12 estados brasileiros.
Porém, essa decisão, vai contra os pedidos de representantes do setor produtivo do estado de São Paulo. “A iniciativa inviabiliza o controle da população de javalis, espécie de porco selvagem considerada invasora no Brasil, responsável por grande desequilíbrio ambiental e transmissora da febre aftosa”, informa a Sociedade Rural Brasileira (SRB), em nota.
No Estado de São Paulo, caso o produtor rural (ou qualquer pessoa) queira se tornar um controlador da população de javalis, deve entrar em contato com a Superintendência do Ibama.
Foto destaque: Homem abre o parafuso de espingarda depois de um tiro com fumaça. Reprodução/Freepik.
