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Bolsonaro tem pedido de adiamento de depoimento negado por Moraes

O ministro do STF negou um pedido de adiantamento de depoimento feito pelo ex-presidente da república. A data marcada segue sendo para esta quinta-feira (22)

21 Fev 2024 - 15h30 | Atualizado em 21 Fev 2024 - 15h30
Bolsonaro tem pedido de adiamento de depoimento negado por Moraes Lorena Bueri

Convocado para depor sobre a Operação Tempus Veritatis, nesta quinta-feira (22), o investigado, Jair Bolsonaro formalizou junto à sua defesa, um pedido de adiantamento do depoimento. Ao receber tal pedido, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes negou.

O pedido

A defesa de Bolsonaro pediu na última terça-feira (20), que o ex-presidente seja dispensado do comparecimento na PF. Os advogados que fizeram o pedido entendem que não tiveram “acesso integral a todas as diligências e provas reunidas aos autos” e que “não há motivos para qualquer depoimento marcado pela Polícia Federal para o dia 22 de fevereiro”.

Os advogados então, solicitaram o adiamento na última segunda-feira (19), o ministro do supremo informou que a assessoria jurídica de Bolsonaro já teve o acesso integral ao material das investigações, inclusive à delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.

A defesa do ex-presidente segue insistindo nas argumentações anteriores, que já foram rejeitadas pelo STF. O supremo já deixou claro que o investigado e sua defesa já tiveram total acesso aos autos e que por isso, não há necessidade de adiamento do depoimento marcado.


Ministro Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes (Foto/ reprodução/ Wikimedia Commons).


Operação

Operação Tempus Veritatis teve início no dia 8 de fevereiro após a Polícia Federal (PF) ter acesso a documentos que comprovam uma tentativa de golpe de Estado por parte do ex-presidente, Jair Bolsonaro e figuras que orbitavam seu governo.

A operação deflagrada tornou pública uma série de provas que deixaram claras a intenção de invalidar as eleições de 2022 e impedir que o presidente Lula fosse empossado. Uma delas é a gravação de uma reunião entre Bolsonaro e seus ministros, onde o então presidente disse que não poderiam esperar o resultado das urnas para agir.

Após convocar um ato de manifestação em resposta à operação da PF, na Avenida Paulista, no próximo domingo (25), Bolsonaro afirma que jamais cogitou um golpe de Estado.

Além dele, outros integrantes do seu governo também foram intimados a depor na Política Federal esta semana. São eles:

  • General Augusto Heleno (ministro do Gabinete de Segurança de Bolsonaro)

  • Anderson Gustavo Torres (ex-ministro da Justiça e Segurança Pública)

  • Marcelo Costa Câmara (ex-chefe do Serviço Paralelo de Informação)

  • Mário Fernandes (ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência)

  • Tércio Arnaud (assessor de Bolsonaro)

  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)

  • Valdemar Costa Neto (presidente do PL)

  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)

  • Cleverson Ney Magalhães (ex-oficial do Comando de Operações Terrestres)

  • Walter Souza Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

 

Foto destaque: Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro. (Reprodução/ Agência Brasil).

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