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Bolsonaro e militares possivelmente envolvidos no golpe do dia 8 serão ouvidos

No QG do Exército, militares de alta patente são investigados por plano golpista; alojamento é preparado para eventual prisão, incluindo Bolsonaro

22 Fev 2024 - 13h00 | Atualizado em 22 Fev 2024 - 13h00
Bolsonaro e militares possivelmente envolvidos no golpe do dia 8 serão ouvidos Lorena Bueri

A semana foi marcada por intensas atividades no Quartel General do Exército, situado em Brasília. Com uma série de depoimentos agendados pela Polícia Federal para esta quinta-feira (22), militares de alta patente investigados por suposto envolvimento em um plano golpista foram o centro das atenções. Diante disso, o comando liderado por Tomás Paiva se mobilizou para eventualmente receber os suspeitos sob ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com uma fonte graduada do Exército, que falou em entrevista, um alojamento dentro do Comando Militar do Planalto, nas instalações do Quartel General, passou por melhorias visando acomodar possíveis detidos. "É necessário estarmos preparados. Considerando a alta patente dos possíveis presos, é crucial termos uma estrutura adequada, especialmente porque seremos inspecionados pelo STF após as prisões", afirmou o militar.


Tomás Paiva fala sobre o preparo da cela de Bolsonaro e militares

Tomás Paiva fala sobre o preparo da cela de Bolsonaro e militares (Foto: reprodução/Folha de São Paulo)


Contexto militar 

No contexto militar, quando se menciona "antiguidade", refere-se a generais e oficiais de alta patente, incluindo até mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é capitão e tem o direito de ser detido em uma unidade militar.

Mesmo aliados de Bolsonaro estão se preparando para uma eventual ordem de prisão emitida por Moraes - "com ou sem base jurídica", como costumam dizer - e consideram o alojamento no Quartel General do Exército como o local mais adequado para a detenção do ex-presidente, caso isso ocorra.

Entre os investigados no STF, destacam-se figuras como os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, além de outros militares implicados em trocas de mensagens golpistas ou mencionados por Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro que fez acordo de delação com a Polícia Federal.

Entenda o caso

Segundo comunicado oficial da PF, a operação, iniciada em 8 de fevereiro, tem como objetivo investigar uma suposta organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado e desrespeito ao Estado Democrático de Direito, visando obter vantagens políticas para manter Bolsonaro no cargo de presidente da República. O presidente Jair Bolsonaro está programado para prestar depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (22), como parte das investigações da Operação Tempus Veritatis. 

Foto Destaque: Bolsonaro será ouvido hoje pela PF sobre o caso da tentativa de golpe do dia 8 (Reprodução/Metropoles)

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