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Bolsonaro anuncia programa de renegociação de dívidas da Caixa em campanha, mas iniciativa já existe

Após candidato Lula citar promessa relacionada aos endividados no país, o atual presidente reage e fala sobre medida de renegociação que a Caixa criou no ano de 2019

06 Out 2022 - 17h05 | Atualizado em 06 Out 2022 - 17h05
Bolsonaro anuncia programa de renegociação de dívidas da Caixa em campanha, mas iniciativa já existe Lorena Bueri

A corrida para o segundo turno na presidência do país já começou e o candidato Jair Bolsonaro, em encontro com deputados eleitos no Palácio da Alvorada, falou sobre um programa da Caixa Econômica Federal de renegociação de dívidas: “[...] É um programa que, vou adiantar, ela autorizou, é um programa que vai mexer com a vida de 4 milhões de pessoas que têm dívida na Caixa Econômica e 400 mil empresas que têm dívida na Caixa Econômica [...] programa dela é o seguinte: quem tem dívida vai para negociação, pode ser perdoado em até 90%.”, disse o presidente.

De acordo com a Caixa Econômica o programa não é novo. A iniciativa do banco é anual é chama-se “Você no Azul”, oferecida pela primeira vez em maio de 2019 e idealizada pelo então presidente do banco à época, Pedro Guimarães.

O programa é abrangente, tendo como público-alvo clientes que tenham pendências vencidas há no mínimo 360 dias, no montante variável entre R$ 50,00 e R$ 5 milhões. A oferta de desconto para quitação dos débitos varia de acordo com a modalidade de contrato do crédito e o tempo decorrido em atraso. Para oferta de pagamento da dívida à vista o desconto pode chegar a até 90%, sendo vantajoso para o cliente.


Lula e Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert e José Dias)


O candidato Lula tem anunciado desde o primeiro turno o programa “Desenrola Brasil”, cuja intenção é oferecer melhores condições para que a população consiga pagar suas dívidas. A proposta engloba pendências financeiras com bancos e também com contas básicas de consumo, como a conta de energia, por exemplo. Para isso ser possível, de acordo com a campanha petista, o governo utilizaria os depósitos compulsórios dos bancos como base para negociar os descontos nas dívidas com os bancos.

Já em relação às pendências em contas de consumo e no comércio, haveria um fundo garantidor de crédito criado pelo Estado para fortalecer a renegociação. O anúncio de Bolsonaro nesta quinta-feira foi visto como uma reação à proposta de seu adversário na disputa pelo segundo turno das eleições presidenciais.

Foto destaque: Jair Bolsonaro. Reprodução/Allan Santos/PR

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