A guerra entre a Rússia e a Ucrânia que ocorre desde a invasão em 24 de fevereiro de 2022 parece longe de acabar. Desta vez, as notícias são de que a Belarus, poderá entrar de vez no combate, caso a Ucrânia a ataque.
Segundo informações divulgadas pelo próprio presidente belarusso, Alexander Lukashenko, o país recebeu armamentos nucleares táticas, como auxílio por parte da Rússia, e que de acordo com ele, alguns dos armamentos podem chegar a ser três vezes mais poderosos do que os usados na Segunda Guerra Mundial em Hiroshima e Nagasaki.
A entrevista de Lukashenko foi dada a uma empresa de televisão russa, Rossiya-1, e divulgada pela agência de notícias russa, Tass.
Lukashenko durante visita a complexo militar em Minsk (Reprodução/Serviço de Imprensa do Presidente de Belarus/Reuters)
É a primeira vez, desde 1990, ainda sob os temores da Guerra Fria, que a Rússia instalou seus arsenais fora do seu país, demonstrando a confiabilidade e a necessidade que possui para com Belarus.
O posicionamento de armas táticas fora do país, é uma artimanha bastante utilizada pelos Estados Unidos, que já foi em outrora, criticada pelo próprio presidente russo, Vladimir Putin.
Os Estados Unidos inclusive criticaram essa mesma decisão de Vladimir Putin de colocar armamentos táticos em países estrangeiros. Entretanto, avisaram que não irão mudar qualquer postura com relação a esse assunto.
Importante lembrar, que além da Ucrânia, Belarus faz fronteira com outros três países que fazem parte da Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, sendo eles, a Polônia, a Letônia e a Lituânia.
É possível, que caso haja essa intervenção de Belarus na guerra entre Rússia e Ucrânia, os demais países da Otan, junto com esses três que fazem fronteira, também entrem na batalha com o intuito de defender seus aliados.
Apenas Belarus, liderada por Lukashenko é a aliada de Putin e da Rússia nesta guerra. Os demais países ou estão se demonstrando neutros, ou estão do lado ucraniano.
Foto Destaque: Lukashenko (à esquerda) ao lado de Putin (à direita). Reprodução/Alexey Nikolsky - Sputnik - AFP