Nesta segunda-feira (11), a guerra entra a Ucrânia e a Rússia chega ao seu 47° dia. Entre altos e baixos, o desfecho da guerra parece cada vez mais longe, mesmo com as sanções impostas à Rússia, o país segue com suas tropas. Ucrânia permanece com fé que algum auxílio irá mudar os mares da guerra.
Nessa noite, na cidade de Kharkiv, no leste ucraniano, a cidade sofreu inúmeros ataques aéreos e por terra. O prefeito da cidade, em um pronunciamento para o país, informou que não é necessário ficar em pânico, pois os soldados ucranianos estão de prontidão contra qualquer ataque que sofrerem. O bombardeio deixou prédios em chamas e algumas pessoas feridas, incluindo uma criança.
Ataque a cidade de Kharkiv. (Foto: Reprodução/AP Photo/Felipe Dana)
Separatistas pró-Rússia anunciam que conquistaram a cidade portuária de Mariupol. A cidade foi considerada a mais devastada em toda essa guerra, principalmente pelo fato da cidade ficar próxima do mar de Azov, local estratégico para embarque e desembarque das tropas russas. Denis Pushilin, líder do movimento separatista, em entrevista, mencionou que, mesmo com os bombardeios e situações de calamidade, os soldados que ali guarneciam, proporcionaram dura resistência.
E mesmo com a perda da cidade, lideres ucranianos se preparam para ofensivas no leste da Ucrânia. O porta-voz do ministro ucraniano em comunicado informou: "De acordo com nossas informações, o inimigo está quase terminando sua preparação para um ataque no Leste. O ataque começará muito em breve".
No último sábado, Karl Nehammer, chanceler da Áustria, foi a encontro de Putin. "Meu recado mais importante para Putin foi de que a guerra deve acabar, já que em uma guerra os dois lados saem perdedores", disse o líder austríaco. Mesmo a Áustria mantendo boas relações com Moscou, o conflito entre duas regiões acabou causando desconforto em muitos dos aliados. O contato foi feito para tentativa de solução de conflito, mas, até o momento, não teve resultado.
Chanceler austríaco saindo de conversa com Putin. (Foto: Bundeskanzleramt/Dragan Tatic/Divulgação via REUTERS)
Mesmo com inúmeras sanções impostas ao governo russo e manifestações em diversos países, em redes de televisão aberta, Putin e seus ideais continuam implacáveis. Alguns recuos tendem a despertar esperança de uma possível trégua, mas os seguidos ataques acabam tornando a paz muito distante.
Foto destaque: Soldados separatistas pró-Rússia levando corpos. Reprodução/REUTERS/Alexander Ermochenko.