A desigualdade no Brasil afeta a população em várias vertentes, no entanto, as mulheres de baixa renda e com pouca escolaridade entram para a categoria das melheres que nunca realizaram o exame Papanicolau, fundamental para a detecção do câncer do colo do útero.
Desigualdade no exame Papanicolau
Conforme o levantamento da Fundação do Câncer, referente à Pesquisa Nacional de Saúde, 6% das mulheres com idade entre 25 e 64 nunca fizeram o exame e 12% desta faixa-etária estão sem realizar periodicamente há três anos.
Nos dois primeiros exames é recomendado que seja realizado em dois anos consecutivos e, caso a pessoa esteja com as condições de saúde em dia, pode ser feito a cada três anos.
Ainda segundo a pesquisa, das mulheres que não realizaram o Papanicolau, a maioria entre 25 e 34 anos, são jovens, negras, com renda de um salário mínimo e ausência da escolaridade fundamental.
Imagem ilustrativa do útero feminino (Reprodução/Freepik/Pikisuperstar).
Câncer do colo de útero
Flávia Miranda Corrêa, médica da Fundação do Câncer, explica que o processo do exame ao tratamento é como se fosse formado por três elos, ou seja, o primeiro é a coleta do exame; na segunda etapa pegar o resultado; e por fim a terceira, com recomendação, se o exame for positivo de fazer o diagnóstico e, caso dê positivo, fazer o tratamento: “Se um desses elos parte a corrente, a gente não vai conseguir a prevenção, que é nosso objetivo”.
O tratamento preventivo mediante um especialista em ginecologia, rastreia o câncer e evita sua evolução no copro da vitimá. Às chances de cura aumentam com a descoberta precoce, caso a mulher já esteja com a doença no estágio inicial.
Só no Brasil, em 2023, 17.010 casos novos foram identificados, representando um risco para 13,25 mulheres a cada 100 mil mulheres, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer).
Foto destaque: Imagem ilustrativa de uma médica segurando o útero e uma paciente. Reprodução/Freepik.