Aproximadamente dez mil medicamentos de uso constante apresentam um aumento de 4,5% mais caros. A implementação dos valores começou a valer no último domingo (31). A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) divulgou esse índice no último reajuste anual.
Segundo o governo federal, este é o menor reajuste desde 2020 durante a pandemia. Antes da emergência global, o aumento foi de 4,08%. O aumento mais significativo foi em 2022, quando chegou a 10,89%. Em 2023, o reajuste anual foi de 5,6%.
Aumento das alíquotas de ICMS aceito em 11 estados impacta diretamente os consumidores finais (Foto: Reprodução/Getty Images Embed/Luis Alvarez)
Os valores são definidos com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses. No entanto, é possível que ocorram aumentos baseados em outros índices estaduais.
Por isso, com o aumento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 18% para 20%, o consumidor residente do Rio de Janeiro pode ser mais afetado em suas compras. Com a inclusão da taxa do Fundo Estadual de Combate à pobreza, a alíquota chega até mesmo 22%.
Taxa de aumento das alíquotas
A taxa de aumento das alíquotas de ICMS foi aceita em onze estados. Sendo assim, o aumento será maior para os consumidores finais desses locais. Neste ano, este é o segundo ajuste feito nessas unidades da federação. Em nota para O Globo, Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, declara que os governos “caminham na contramão” e demonstram insensibilidade à população mais pobre.
Economista e professora, Carla Beni, da Fundação Getúlio Vargas, explica que haverá um impacto grande nas famílias brasileiras, principalmente aposentados, pensionatos e pessoas que utilizam medicações de uso contínuo.
Através do Preço Máximo ao Consumidor (PMC), os medicamentos possuem um limite definido pela Cmed. A aplicação do aumento pode variar entre cada farmácia e indústria farmacêutica. Caso o consumidor note aumentos superiores a 4,5%, pode denunciar o caso à Cmed por meio dos canais de comunicação da Anvisa.
Diferença nos preços de remédios
Pesquisar medicamentos antes da compra é fundamental, pois alguns apresentam variações significativas de valor. A comparação do preço do remédio Losartana feita pela CliqueFarma teve uma diferença de 87,62% entre duas farmácias, realizada para o EXTRA. Este recurso analisa os preços de medicamentos em mais de 50 drogarias.
Além da pesquisa, o preço pode variar de um dia para o outro, podendo aumentar ou diminuir. Alguns fatores, como descontos e convênios, podem influenciar o preço.
Foto destaque: Vários medicamentos e cartelas de comprimidos distribuídos em cima da mesa (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Kseniya Ovchinnikova)