Segundos divulgados nesta sexta-feira (2) pelo IBGE, o número de pessoas vivendo em extrema pobreza aumentaram durante os dois anos da pandemia do covid-19.
Os dados indicam um aumento no número de 22,7% no número de pessoas abaixo da linha de pobreza, número que corresponde a 11,6 milhões de brasileiros. Houve também aumento de 48,2% de brasileiros vivendo em situação de extrema pobreza, número equivale a 5,8 milhões de brasileiros que entraram em situação de extrema pobreza entre 2020 e 2021. No total, 62,5 milhões de brasileiros se encontraram a baixo da linha da pobreza.
Os dados também apontaram que 46,2% de crianças com idades abaixo dos 14 anos vivem abaixo da linha da pobreza, com 62,8% de moradores de domicílios chefiados por mães solo com filhos abaixo de 14 anos estando abaixo da linha da pobreza.
Moradores reviram caminhão de lixo em Fortaleza em 2021. Reprodução/twitter
O número de pretos e pardos abaixo da linha da pobreza é de 37,7%, enquanto o número de brancos é de 18,6%.
O número de pessoas de pessoas entre 15 e 29 anos abaixo da linha da pobreza é de 33,2%, o de idosos é de 10,4%.
O rendimento per capita foi para o menor nível desde 2012 com R$1.353. Enquanto o índice Gini de desigualdade, que vai de 0 a 1, sendo um o maior índice de desigualdade, chegou a bater 0,544.
O levantamento do IBGE também aponta o Norte e o Nordeste como as regiões com maior aumento do índice de pobreza durante 2020 e 2021, sendo o Nordeste o com pior incide, representando quase metade dos pobres do país.
Segundo o levantamento, a divisão da pobreza entre as regiões ficou a seguinte:
Nordeste – 44,8%
Sudeste – 29.5%
Norte – 13,3%
Sul – 6,9%
Centro-Oeste – 5,5%
Enquanto a divisão de extrema pobreza ficou a seguinte:
Nordeste – 53,2%
Sudeste – 25,5%
Norte – 13%
Sul – 5%
Centro-Oeste – 3,3%
Foto em destaque: Iniciativas tentam ajudar quem estar com fome no Brasil. André Coelho/EPA