Ao menos 45 pessoas foram mortas por um bombardeio de Israel a um acampamento de refugiados em Rafah, na Faixa de Gaza, neste domingo (26). Segundo a agência Reuters, uma das zonas atingidas foi uma área destinada para os refugiados que haviam saído do norte de Gaza no início da ofensiva israelense na região.
O Ministério da Saúde de Gaza afirma que a maioria dos mortos e feridos foram mulheres e crianças. A organização de ajuda humanitária Crescente Vermelho afirma que um dos locais atingidos abrigavam palestinos civis que fugiram de outras partes da Faixa de Gaza durante o conflito.
O ataque
Um helicóptero das Forças de Defesa de Israel fez um bombardeio a um complexo do Hamas em Rafah. O exército israelense confirmou que realizou uma operação neste domingo (26) para atingir líderes do grupo.
A operação ocorreu após o lançamento de oito foguetes em direção a Tel Aviv e regiões centrais de Israel pelo Hamas. Todos os projéteis foram interceptados pelos escudos de defesa israelense.
Israel afirma que o local atingido por um intenso bombardeio abrigava dois líderes do Hamas e que o ataque era legítimo perante as leis internacionais. Em nota, a defesa israelense afirma que foram utilizadas armas de alcance preciso para atingir os integrantes do grupo.
O exército de Israel afirma que ciente de que civis foram mortos e feridos durante a ofensiva por conta do fogo que foi ocasionado pelos ataques e estão analisando o caso, informa em comunicado.
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Consequências do ataque israelense a um acampamento de refugiados palestinos (Foto: reprodução/Getty Images Embed/ Ali Jadallah/Anadolu)
Ofensiva a uma zona segura
O Crescente Vermelho Palestino, organização de ajuda humanitária, afirma que o local atingido era uma zona segura que foi designada por Israel para tal. Em nota, autoridades do gabinete de comunicação de Gaza afirmaram que a área foi designada a pessoas que haviam sido obrigadas a se deslocar de suas residências desde o início do conflito e era considerada segura.
A organização Médicos Sem Fronteiras condenou o ataque afirmando que nenhum lugar em Gaza é seguro, nem mesmo as zonas que Israel identificou. Eles reiteraram um pedido de cessar-fogo humanitário e duradouro na Faixa de Gaza.
Relembrando
Mais de um milhão de palestinos foram obrigados desde o início das ofensivas de Israel, em outubro de 2023, a se deslocarem para outras partes da Faixa de Gaza.
A operação, que se deu início pelo norte da região, obrigou as pessoas a se deslocarem para o Sul, principalmente na cidade de Rafah, próximo ao Egito, por indicação do governo israelense. Muitos não se sentem seguros e estão tentando fugir para outros locais em busca de abrigo.
Foto Destaque: ataque do exército de Israel a um campo de refugiados em Gaza (Reprodução/Getty Images Embed/Eyad BABA/AFP)