Por volta das 8h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (26), o asteroide 2014 TN17, que tinha sua rota observada pela Nasa, passou a 5 milhões de quilômetros de distância do planeta Terra.
De acordo com os estudos da NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço), o asteroide foi classificado como “potencialmente perigoso” tanto pela distância em relação à Terra quanto pelo seu tamanho, cerca de 165 metros de diâmetro. Porém, sua longitude não é próxima o suficiente para ser considerada um risco de segurança ao nosso planeta.
Qualquer corpo celeste em movimento a menos de 7,5 milhões de quilômetros da órbita da Terra e mais de 140 metros de diâmetro é considerado um perigo potencial pela agência.
Além do 2014 TN17, a NASA registra a rota de outros corpos celestes que viajam pelo sistema solar. Assim como os asteroides, é possível ver um mapa 3D acompanhando a rota deles na aba "Asteroids, Comets and Meteors" do site, por meio da ferramenta "Eye on Asteroids" (De olho nos asteroides, em tradução livre).
Captura de tela da ferramenta "Eye on Asteroids". (Foto: reprodução/NASA)
2014 TN17
O asteroide leva 3,39 anos para completar uma órbita solar, período em que um desses corpos celestes dá uma volta completa ao redor do Sol. Com seus 165 metros de diâmetro, o 2014 TN17 se compara ao Edifício Itália, em São Paulo, que tem 46 andares, sendo um pouco maior que a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito. Tamanho suficiente para destruir uma cidade, caso corresse esse risco.
Independentemente de seu tamanho, não seria possível vê-lo com telescópios comuns ou binóculos de observação de estrelas. Os estudos da NASA sobre o asteroide vêm do sistema Goldstone Solar System Radar (GSSR), um radar auxiliar para prever ameaças futuras e compreender componentes e caminhos de alguns corpos celestes.
Simulação do asteroide 2014 TN17 feito pela NASA. (Foto: reprodução/NASA)
Outros registros cuidadosos
O asteroide 2014 TN17 não é o único conhecido que vem sendo observado por cientistas com atenção a possíveis riscos. O asteroide 2024 YR4 tinha uma chance de 3,1% de atingir nosso planeta em 2032, mas as chances chegaram a zero em estudos subsequentes. Na monitoração, é visto que o Apophis passará perto da Terra em 2029, sem qualquer risco de impacto.
A agência aeronáutica também segue testando um método de defesa que foi chamado de missão Double Asteroid Redirection Test, ou simplesmente DART. Uma nave foi enviada contra um asteroide para registrar como seria mudar sua rota, e essa técnica é muito importante para ameaças que podem vir a acontecer.
Foto Destaque: simulação ilustrada de um asteroide próximo a Terra (Reprodução/iStock)