Nesta terça-feira (17), os deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) votaram de maneira unânime pela cassação e perda dos direitos políticos do ex-deputado Arthur do Val (União Brasil), vulgo “Mamãe Falei”. Na votação, participaram 73 dos 94 parlamentares, que votaram pela cassação de Arthur.
O ex-deputado, que deve recorrer à Justiça para evitar de ficar inelegível pelos próximos 8 anos, já havia renunciado ao mandato em 20 de abril. A defesa acreditava que com a renúncia de Arthur ao cargo, poderia evitar que a votação chegasse a ocorrer em plenário, mas o argumento foi rejeitado pela Alesp.
Arthur do Val (Reprodução/Alesp)
Do Val, que faz parte do Movimento Brasil Livre (MBL), teve o mandato cassado após o vazamento de uma série de áudios enviados a um grupo do WhatsApp em que o parlamentar, durante uma viagem à Ucrânia em março deste ano, já com o conflito acontecendo, viagem essa que ele afirmava ser por questões humanitárias, dizia que as ucranianas são "fáceis porque são pobres”.
Em outros trecho dos áudios, Arthur do Val havia acabado de cruzar a fronteira da Ucrânia com a Eslovênia e nas palavras dele sobre a fila das refugiadas só tinham “deusas” e que “a fila da melhor balada do Brasil, na melhor época do ano, não chega aos pés”.
Devido a repercussão das mensagens, do Val, que estava filiado ao Podemos e era pré-candidato do partido ao governo paulista, retirou a candidatura, também deixou a sigla do MBL. Até então, a intenção era que ele atuasse como um suporte para o ex-juiz Sérgio Moro em São Paulo.
Após o vazamento das mensagens, o então deputado estadual admitiu a autoria dos áudios e chegou a se desculpar por essas declarações em um vídeo publicado pelo mesmo, embora tenha argumentado que a cassação é motivada por interesses políticos de opositores. Isso porque Arthur vem colecionando desafetos no plenário da Alesp. Pouco menos de 1 mês ele se filiou ao União Brasil.
Foto Destaque: Ex-deputado Arthur do Val. Reprodução/Facebook
