Nesta sexta feira (2) um dia após ao atentado de sua vice presidente, Cristina Kirchner, a capital argentina, Buenos Aires está tomada por manifestações. A ex primeira dama argentina saiu ilesa por conta de um defeito mecânico da pistola. Segundo as autoridades locais, o agressor apontou a arma carregada para Cristina, mas a arma não disparou.
O presidente argentino, Alberto Fernandez, decretou feriado nesta sexta feira para que as pessoas pudessem participar das manifestações pelas ruas dos país
De acordo com o jornal "La Nación", o presidente, convocou representantes sindicais, empresários, membros de organizações de direitos humanos e representantes de religiões para participar do ato na frente da Casa Rosada e fazer um discurso contra a violência.
Políticos de todos os segmentos ideológicos argentinos condenaram o ataque, que aconteceu em meio a tensões políticas em que o país vem passando como dívidas e inflação descontroladas que culminaram em uma crise econômica grave.
O presidente argentino Alberto Fernandez e sua vice Cristina Kirchner, empossados em 2019. (Foto Reprodução: El Clarín)
O prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, que faz parte do grupo oposicionista ao kirchenrismo chamou de “"um ponto de virada na história democrática argentina".
Outros oposicionistas reagiram com críticas à forma como o governo reagiu, como é o caso de Patrícia Bullrich do PRO, que afirmou que o líder argentino está de “brincadeira”: "Em vez de investigar seriamente um fato grave, acusa a oposição e a imprensa e decreta um feriado para mobilizar os militantes. (Ele) converte um ato de violência individual em uma jogada política. Lamentável", destacou
Já o deputado do Encontro Republcano, Miguel Angel Pichetto, fez duras críticas a Alberto Fernández: "O presidente não entende nada. A oposição repudiou o ato e se solidarizou com a vice-presidente. O presidente, da parte dele, culpa a oposição, a Justiça e os veículos de imprensa. Depois, decreta um feriado nacional. Para quê? É tudo patético", disse ele.
Por telefone, o Papa Francisco expressou sua solidariedade a Kirchner. Líderes religiosos argentinos também condenaram o ataque.
Foto Destaque: Manifestante em ato em defesa da democracia argentina. (Foto Reprodução: Juan Mabromata/ AFP)