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Argentina: gasolina sobe 90% com Milei, mas preços ainda são inferiores aos do Brasil

Reformas econômicas marcam os primeiros dias do novo governo na Argentina, impactando diretamente nos preços e alertando para possíveis mudanças econômicas

03 Jan 2024 - 18h20 | Atualizado em 03 Jan 2024 - 18h20
Argentina: gasolina sobe 90% com Milei, mas preços ainda são inferiores aos do Brasil Lorena Bueri

A ascensão de Javier Milei à presidência da Argentina trouxe consigo mudanças na economia local. Com reformas econômicas e redução de subsídios públicos, os preços começam a se ajustar. A gasolina teve um aumento de 90% desde a posse de Milei em dezembro, mas mesmo assim, os valores praticados no país ainda são mais baixos que no Brasil.

 

Ajustes em diferentes setores

Os efeitos das mudanças políticas não se limitam à gasolina. Ônibus e metrô também tiveram reajustes significativos, mas permanecem substancialmente mais baratos em comparação com as tarifas brasileiras. Com a inflação rondando os 30% no primeiro mês do governo Milei, o país enfrentará desafios adicionais, especialmente no setor de energia elétrica, onde aumentos expressivos são esperados nos próximos meses.

Os três aumentos consecutivos da gasolina nas últimas quatro semanas são indicativos claros das mudanças em curso na economia argentina. O litro, que custava significativamente menos antes da posse de Milei, agora chega a 699 pesos em Buenos Aires. A despeito do aumento de 90%, esse valor ainda se traduz em aproximadamente R$ 3,25, uma quantia consideravelmente mais baixa do que os R$ 5,58 pagos pelos motoristas no Brasil.


As petrolíferas e as estações de serviço antecipam um aumento gradual dos preços dos combustíveis (Foto: reprodução/Clarín)


Essa distorção de preços não se limita aos combustíveis. Os ônibus em Buenos Aires tiveram um aumento de 45%, elevando a tarifa mínima para 77 pesos, equivalente a R$ 0,35. Em comparação, os passageiros de São Paulo desembolsam R$ 4,40, representando uma diferença de 90%. O metrô de Buenos Aires segue a mesma tendência. Apesar do reajuste de janeiro e do aumento em fevereiro, totalizando 56%, o bilhete simples permanece em R$ 0,50, apenas a décima parte da tarifa em São Paulo, que atingiu R$ 5,00.

 

Futuros reajustes

Analistas econômicos e até mesmo o governo Milei reconhecem que o processo de ajuste de preços está longe de chegar ao fim. Os ônibus na capital argentina, por exemplo, passarão a ter atualizações mensais nas tarifas, indicando que os aumentos estão apenas começando.

Manuel Adorni, porta-voz do governo Milei, revelou nesta quarta-feira que a inflação de dezembro, o primeiro mês da atual gestão, atingiu aproximadamente 30%. Em comparação, a inflação acumulada no Brasil nos últimos cinco anos, de 2019 a 2023, soma 32%. Isso implica que os preços estão subindo em um mês na Argentina o que levaria cinco anos para acontecer no Brasil.

Olhando para o futuro, a energia elétrica surge como um novo motor da inflação. O governo iniciará nos próximos dias discussões sobre a atualização dos preços da conta de luz, e a expectativa é de aumentos expressivos, dada a quantidade significativa de subsídios à eletricidade no país.

 

Foto Destaque: Javier Milei na varanda do Palácio Presidencial Casa Rosada no dia de sua posse, em Buenos Aires, em 10 de dezembro de 2023 (reprodução/ Emiliano Lasalvia/France 24)

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