Nesta quarta-feira (no Brasil, noite de terça, 24), a Coreia do Norte disparou três projéteis em direção ao Mar do Japão, logo após o fim da visita feita por Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, à Coreia do Sul e ao Japão. Segundo informações em nota fornecidas pelo Estado-maior Conjunto da Coreia do Sul, “havia detectado por volta das 6h (18h no horário de Brasília), 6h37 e 6h42 os disparos de mísseis balísticos da região de Sunan”, justamente onde está localizada a capital norte-coreana, a cidade de Pyongyang.
Fumio Kishida, primeiro-ministro japonês, relatou oficialmente à imprensa que seu governo ainda estava tentando obter confirmações a respeito das informações do que realmente ocorreu. O serviço da guarda costeira do Japão aconselhou sobre um possível lançamento de um míssil balístico vindo da Coreia do Norte e solicitou que seus navios mantivessem distância de qualquer objeto caído na água.
Joe Biden e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Foto: Reprodução / CNN / Reuters
A Coreia do Sul agora possui um novo presidente, Yoon Suk-yeol, que irá presidir uma reunião do Conselho de Segurança logo nesta manhã de quarta para lidar com estes lançamentos, segundo informações de seu gabinete. O novo presidente tomou posse de seu cargo ainda este mês, erguendo a bandeira de que iria endurecer a política de Seul em relação à sua vizinha comunista, Coreia do Norte. Os resultados desse esforço são longamente aguardados após cinco anos de tentativas diplomáticas frustradas do antigo presidente do sul, Moon Jae-in.
Os disparos ocorridos nesta quarta se juntam a uma série recordista de testes militares de Pyongyang em 2022, incluindo o lançamento pela primeira vez desde 2017 de um míssil balístico intercontinental. Além de tudo isso, soma-se a ação que foi tomada logo depois da primeira visita de Biden à Ásia enquanto presidente, com a ameaça no ar de, talvez, um teste nuclear organizado por Kim Jong-Un.
Enquanto esteve em Seul, o presidente norte-americano e o presidente sul-coreano entraram em um acordo de “estabelecer conversações com vistas a ampliar o alcance e a escala dos exercícios e treinamentos militares conjuntos”, em razão da “ameaça” que a Coreia do Norte representa.
Antes de sua partida de Seul no domingo rumo ao Japão, Biden disse que os EUA estariam “preparados para qualquer coisa que a Coreia do Norte fizer”. Quando questionado se tinha alguma mensagem para Kim Jong-Un, Biden disse apenas: “Olá. Ponto final”.
Foto Destaque: Joe Biden em Seul, na Coreia do Sul. Jeon Heon-Kyun - Pool/Getty Images