Donald Trump, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, disse neste domingo (15) em um e-mail para arrecadação de fundos partidários para sua campanha, que sua determinação está mais forte após suposta tentativa de atentado a ele. Na tarde dominical, horário local, foram escutados tiros próximo ao campo de golfe no qual é dono, o Trump International Golf Club, no Sul da Flórida.
No e-mail ele afirmou a aliados que: “Minha determinação é mais forte depois de outro atentado contra a minha vida!” e terminou afirmando que “Eu nunca vou abrandar. Eu nunca vou desistir. EU NUNCA VOU ME RENDER!”.
O caso
O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, foi levado às pressas para um abrigo neste domingo (15) após tiros terem sido disparados próximo ao seu campo de golfe, Trump International Golf Club, no Sul da Flórida, que fica a cerca de 15 minutos de sua residência em Mar-a-Lago. O FBI trata o caso como aparente tentativa de assassinato. Um suspeito foi identificado como Ryan Routh.
Esta ocorrência aconteceu quase dois meses após um atentando a Donald Trump na Pensilvânia. Na ocasião, um homem disparou um tiro de cima de um prédio e acabou ferindo de raspão o candidato republicano e matando um apoiador do republicano.
Trump não se feriu neste suposto atentado contra sua vida. O republicano disse após o incidente por meio de e-mail que "Houve tiros na minha vizinhança, mas antes que os rumores comecem a sair do controle, eu queria que vocês ouvissem isto primeiro: ESTOU SEGURO E BEM". O candidato afirmou à rede Fox News que ouviu os tiros quando estava no quinto buraco e iria dar uma tacada e segundos após os agentes se lançaram sobre ele o protegendo dos disparos. Logo depois ele afirmou que foi levado a sua residência em um veículo blindado.
Como agiu o FBI
O Serviço Secreto americano, o FBI, fazia a varredura do campo de golfe enquanto Donald Trump jogava. A cada jogada do republicano, uma varredura nas proximidades era feita.
Durante uma dessas varreduras, um cano de rifle foi avistado pelos agentes saindo de um dos arbustos que ficam nas margens do campo. Trump estava a cerca de 560 metros de distância do suposto atirador. Um dos policiais confrontou o suspeito e este fugiu rapidamente.
Assim que avistaram novamente o suposto atirador, os policiais abriram fogo contra ele, que fugiu novamente, deixando para trás duas mochilas, a arma com uma mira e uma câmera. Uma testemunha tirou uma foto onde o suspeito estava entrando em um carro preto e deu para a polícia.
Com esta foto, o FBI conseguiu chegar até o suspeito, que dirigia em direção ao norte da Flórida pela rodovia I-95, cerca de 61 quilômetros distante do campo de golfe de Donald Trump. Fontes disseram à rede americana CBS News que o nome do suspeito preso é Ryan Wesley Routh.
Após tiros serem escutados, a área do campo de golfe foi interditada (Foto: reprodução/Carlos Escalona/Anadolu/Getty Images Embed)
Quem é o suspeito
Ainda não foram revelados à imprensa muitos detalhes sobre o suspeito, mas aos poucos alguns pontos têm vindo à tona. O filho de Ryan Routh, Oran, disse à CNN que o pai é amoroso e atencioso e afirmou não acreditar que ele seria capaz de fazer algo do tipo, pois não é do seu feitio ser violento.
Segundo a BBC Verify, vários perfis foram encontrados com este nome em várias redes sociais. Algumas mensagens identificadas pela agência há pedidos de defesa aos palestinos, mensagens a favor de Taiwan e contra a China, incluindo acusações contra os chineses por uma suposta guerra biológica com o uso do Coronavírus na época da pandemia de Covid-19.
O suspeito teria alguns antecedentes criminais, conforme a rede CBS. Ele teria sido acusado e condenado por crimes graves no condado de Guilford, no estado da Carolina do Norte, entre os anos de 2002 e 2010. Entre os delitos, estão porte ilegal de arma, dirigir com a carteira de habilitação suspensa, atropelamento e posse de residência roubada.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, repudiou o atentado neste domingo (15) e afirmou que ordenou que aumente a segurança aos dois candidatos à presidência. Biden diz estar preocupado com o aumento da violência política e condenou novamente o suposto atentado.
Uma reunião entre os representantes dos democratas e dos republicanos foi marcada para esta segunda-feira (16) com o FBI para entender o que de fato aconteceu e como a segurança agiu.
Foto Destaque: tiros foram escutados próximo à residência de Donald Trump na Flórida neste domingo (15) (Reprodução/PATRICK T. FALLON/AFP/Getty Images Embed)