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Após a concessão de um habeas corpus pela Justiça, Deolane Bezerra foi liberada do presídio em Pernambuco

Investigada por lavagem de dinheiro, a influenciadora foi para prisão domiciliar, mas voltou por descumprir regras

24 Set 2024 - 13h09 | Atualizado em 24 Set 2024 - 13h09
Após a concessão de um habeas corpus pela Justiça, Deolane Bezerra foi liberada do presídio em Pernambuco Lorena Bueri

Na tarde desta terça-feira (24), Deolane Bezerra, influenciadora, empresária e advogada, foi liberada do presídio em Buíque, no Agreste de Pernambuco. A soltura ocorreu após decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que favoreceu 18 investigados.

Deolane perde tornozeleira eletrônica

Deolane, alvo de uma operação por lavagem de dinheiro e jogos ilegais, estava detida na Colônia Penal Feminina de Buíque, localizada a cerca de 280 km de Recife, desde o dia 10. A Justiça inicialmente concedeu prisão domiciliar à influenciadora, mas a decisão foi anulada um dia após sua saída da prisão na capital, e ela foi enviada para o presídio no interior.

O habeas corpus que liberou Deolane nesta terça-feira foi concedido pelo relator do caso, desembargador Eduardo Guilliod Maranhão. Ele atendeu a um pedido da defesa de Darwin Filho, outro suspeito no esquema, e ampliou o benefício para os demais presos.

Deolane seria monitorada por tornozeleira eletrônica, mas perdeu o direito por descumprir uma ordem judicial que a proibia de se manifestar em redes sociais, na imprensa ou por outros meios. Desta vez, ao contrário da decisão anterior, ela não precisará usar a tornozeleira.


Foto de Deolane após sair da prisão em Pernambuco (Foto: reprodução/G1/Joab Alves)


Regras rígidas para liberdade provisória

Como condição para a liberdade provisória, a influenciadora e os demais investigados devem seguir algumas regras de não poder mudar de endereço sem autorização judicial, não podem se ausentar da Comarca onde residem sem autorização judicial, não podem cometer outra infração penal dolosa, devem comparecer pessoalmente ao Juízo da 12ª Vara Criminal da Capital, em até 24 horas, para assinar o Termo de Compromisso, tomar ciência das cautelares e fornecer o endereço atualizado.

Além disso, o magistrado proibiu os investigados de frequentar empresas envolvidas na Operação Integration ou de participar de qualquer decisão sobre as atividades econômicas dessas empresas. Eles também estão proibidos de fazer publicidade ou mencionar qualquer plataforma de jogos.

O desembargador Guilliod também manteve o bloqueio de valores e o sequestro de bens conforme solicitado pela Polícia Civil no âmbito da investigação da Operação Integration.



Foto de Deolane durante sua viagem a Nova York (Foto: reprodução/instagram/@dra.deolanebezerra)


Esquema de R$ 3 bilhões desvendado

Em 4 de setembro, Deolane Bezerra foi presa durante a Operação Integration, que investigava uma quadrilha suspeita de movimentar R$ 3 bilhões em um esquema de lavagem de dinheiro oriundo de jogos de azar. Sua mãe, Solange Bezerra, também foi detida. Mais de 10 pessoas, incluindo o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, dono da casa de apostas Esportes da Sorte, e sua esposa, Maria Eduarda Filizola, foram presas na mesma operação.

Após a prisão, Deolane confirmou ter comprado um Lamborghini Urus S de Darwin por R$ 3,85 milhões. Segundo a Polícia Civil, as transações à vista relacionadas à compra e venda de carros de luxo pela empresa de Darwin levantaram suspeitas de lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho e apostas esportivas. A Justiça ordenou o sequestro de bens, incluindo aeronaves e carros de luxo, e o bloqueio de ativos no valor de R$ 2,1 bilhões. O total bloqueado solicitado pela polícia foi de R$ 3 bilhões.

Em julho, Deolane abriu a empresa de apostas ZEROUMBET com capital de R$ 30 milhões, que, segundo a polícia, foi criada para lavar dinheiro de jogos ilegais. A Justiça bloqueou R$ 20 milhões de Deolane e R$ 14 milhões de sua empresa. A influenciadora declarou ter uma renda mensal de R$ 1,5 milhão. A mãe de Deolane também foi envolvida no esquema, levando ao bloqueio de R$ 3 milhões de suas contas.

A operação cumpriu 24 mandados de busca e apreensão, confiscando imóveis, embarcações, aeronaves, veículos e objetos de luxo. Após sua prisão, Deolane publicou uma carta no Instagram, alegando que ela e sua família são vítimas de preconceito e chamando a prisão de sua mãe de "grande injustiça". Ela afirmou que a investigação provaria sua inocência.

Em 9 de setembro, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu habeas corpus à influenciadora, impondo prisão domiciliar, uso de tornozeleira eletrônica e medidas cautelares, como a proibição de falar com a imprensa ou se manifestar em redes sociais. Porém, ao deixar a prisão, Deolane falou com a mídia e publicou uma foto no Instagram com a boca coberta por fita com um "X". Após descumprir essas medidas, sua prisão domiciliar foi revogada, e ela foi transferida para Buíque.

A defesa de Deolane, representada pelo escritório Adélia Soares Advogados, afirmou que o inquérito tramita sob sigilo e que ela está à disposição para colaborar com as investigações. A Esportes da Sorte, por sua vez, emitiu uma nota reafirmando seu compromisso com a legalidade.

No dia 23, a Justiça de Pernambuco decretou a prisão do cantor Gusttavo Lima no âmbito da mesma operação, que também prendeu Deolane. Naquela noite, o Tribunal de Justiça de Pernambuco ordenou a libertação de Deolane e mais 17 suspeitos, com o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão acatando um pedido de habeas corpus feito pela defesa de Darwin Filho e estendendo o benefício aos outros detidos.

Foto destaque: Momento exato que Deolane saiu do presídio em Pernambuco (Reprodução/Joab Alves/TV Asa Branca)

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