Em dezembro, o Brasil oficialmente assumirá a presidência do G20. O bloco é constituído pelos países que formam 80% do PIB mundial, que incluem China, membros da União Europeia e Estados Unidos. Neste domingo (10), a Índia transferiu a posição de liderança para o Brasil.
Prioridades da nova liderança
Em Nova Délhi, na cerimônia de encerramento da Cúpula do G20, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva anunciou as prioridades do período de presidência do Brasil no bloco, que são:
- Reforma das instituições globais;
- Desenvolvimento sustentável e transição energética;
- Combate à fome e inclusão social.
Em seu discurso, o presidente afirmou que são necessários recursos e determinação dos governantes para que o combate às mudanças climáticas seja efetivo. Em relação à reforma das instituições, ele cobrou a inclusão de mais países no Conselho de Segurança da ONU. Lula também prometeu a fundação de duas novas alianças globais, uma para tratar das mudanças climáticas e outra para combater a fome e a pobreza.
Lula durante seu discurso na Cúpula do G20 (Foto: reprodução/Twitter/X/@g1)
Discurso de Lula
Sobre atingir o sucesso nessas missões, Lula disse o seguinte em seu discurso: "Precisamos redobrar os esforços para alcançar a meta de acabar com a fome no mundo até 2030. Caso contrário, estaremos diante do maior fracasso multilateral dos últimos anos".
Ainda sobre isso, o presidente brasileiro afirmou: "Não nos interessa um G20 dividido. Só com uma ação conjunta é que podemos fazer frente aos desafios dos nossos dias. Precisamos de paz e cooperação em vez de conflitos”.
De acordo com Lula, “construindo um mundo justo e um planeta sustentável” será o lema da liderança brasileira no G20.
O mandato do Brasil no posto de presidência do G20 deverá durar um ano, começando no primeiro dia de dezembro deste ano e se encerrando em 30 de novembro de 2024. Ao longo da sua liderança, o Brasil organizará 100 reuniões oficiais.
Foto destaque: Lula e primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, cumprimentando-se na Cúpula do G20. Reprodução/G1/Reuters)