Nesta terça-feira, 28, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) decidiu cassar o registro profissional do anestesista Giovanni Quintella Bezerra. O homem foi preso em julho de 2022 e é acusado de ter estuprado uma mulher durante o parto dela em um hospital localizado em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. As informações são da “CNN Brasil”.
Segundo o Cremerj, em publicação nas redes sociais: “A cassação definitiva do registro é a penalidade mais alta, de acordo com a legislação vigente. Com isso, Giovanni Quintella Bezerra fica totalmente impedido de exercer a medicina no Brasil”.
Post do Cremerj no Instagram. (Reprodução/Instagram @cremerjoficial)
A defesa do anestesista ainda não se manifestou a respeito do caso.
Sobre o caso
Após colegas de trabalho acionarem a polícia contra ele, o anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart.
Outros profissionais que estavam desconfiados da conduta de Bezerra esconderam um celular com a câmera ligada durante um parto. A câmera registrou o momento em que o anestesista passava o pênis no rosto da paciente enquanto ela estava desacordada e deitada na maca. Além disso, as imagens do vídeo mostram ainda que o órgão dele foi colocado na boca da mulher, enquanto que a equipe estava trabalhando na cirurgia. De acordo com o laudo médico, o suspeito aplicou uma dose sete vezes maior do que era necessário na parturiente.
O homem responde por estupro de vunerável na 2ª Vara Criminal de São João de Meriti. A denúncia feita pelo Ministério Público destaca o fato de o crime ter sido cometido contra uma gestante e com violação do dever inerente à profissão. O caso está em segredo de justiça para que a identidade da vítima seja preservada.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro, desde que o caso veio à tona, ouviu outras mulheres que foram anestesiadas por Giovanni. O objetivo é tentar identificar outras possíveis vítimas.
Foto Destaque: O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 31, foi preso no Rio de Janeiro. Reprodução/Polícia Civil do Rio de Janeiro.