Nesta quarta-feira (21), Manchester United e Tottenham se enfrentam no estádio San Mamés, em Bilbao, na decisão da Europa League 2024/25. Para os Red Devils, o duelo representa mais do que a briga por uma taça: é a última cartada da temporada, com a chance de garantir vaga na próxima Champions League e conquistar seu segundo título da competição — o primeiro veio em 2017, sob o comando de José Mourinho.
Elenco experiente busca revanche após trauma de 2021
Parte do atual elenco do United ainda carrega cicatrizes da final de 2020/21, perdida nos pênaltis para o Villarreal. Nomes como Bruno Fernandes e Harry Maguire têm a chance de apagar aquela decepção. O clube tem tradição em decisões internacionais: venceu a antiga Copa dos Campeões em 1968, ergueu a Champions League em 1999 e 2008, e foi vice contra o Barcelona nas finais de 2009 e 2011.
Curiosamente, alguns jogadores do elenco atual enfrentaram o United na final de 2017 — como Onana e De Ligt, que defendiam o Ajax naquela ocasião — e agora estão do lado vermelho de Manchester.
Na edição atual, o meio-campista Bruno Fernandes é o artilheiro da competição, com sete gols. Rasmus Højlund vem logo atrás, com seis. Os retornos de Mason Mount e Amad Diallo fortalecem o ataque — ambos foram decisivos nas semifinais contra o Athletic Bilbao.
Chamada do Manchester United para a final (Foto: reprodução/Instagram/@manchesterunited)
Trocas no comando e campanha doméstica irregular
A temporada começou com altas expectativas após o bilionário britânico Sir Jim Ratcliffe assumir parte da direção esportiva, mesmo com os Glazers mantendo a maioria acionária. Erik ten Hag teve o contrato renovado após conquistar a FA Cup, mas não resistiu à pressão por resultados e foi demitido no final de outubro, após derrota para o West Ham.
Ruud van Nistelrooy assumiu de forma interina, conseguindo três vitórias e um empate. Logo depois, o português Rúben Amorim foi contratado, vindo de um ótimo início de temporada no Sporting, qual era bicampeão nacional.
Apesar das mudanças, a campanha na Premier League foi desastrosa. Com apenas seis vitórias em 26 jogos, o clube terminou entre o 14º e 17º lugar — sua pior colocação na era moderna. Foram 30 gols marcados e 42 sofridos até a penúltima rodada.
Invencibilidade na Europa sustenta o sonho
Se o desempenho doméstico decepcionou, o rendimento europeu manteve vivo o otimismo. O United chega invicto à final e pode se tornar o único campeão europeu sem derrotas entre todas as competições da UEFA nesta temporada.
Na fase de grupos, foram cinco vitórias e três empates. Depois, a equipe superou a Real Sociedad nas oitavas (5 a 2 no agregado), bateu o Lyon nas quartas por 7 a 6 após prorrogação, e dominou o Athletic Bilbao na semifinal, com vitórias por 3 a 0 fora e 4 a 1 em casa.
O bom desempenho recente reforça a confiança: o time marcou 12 gols nos últimos três jogos da competição. Além disso, retorna ao San Mamés, onde construiu uma vitória sólida na semifinal, o que pode dar um impulso psicológico para a grande decisão.
Reencontro com o Tottenham em jogo decisivo
Na final, o adversário será um velho conhecido: o Tottenham, que venceu os três confrontos entre as equipes nesta temporada — 3 a 0 na Premier League, 4 a 3 na Copa da Liga e 1 a 0 no segundo turno do campeonato inglês.
Chegada do Tottenham em Bilbao para a final da Europa League (Vídeo: reprodução/Instagram/@spursofficial)
Agora, em um duelo que vale não só um troféu, mas também o retorno à Champions League, o Manchester United joga por um desfecho redentor para uma temporada repleta de turbulências. A partida começa às 16h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo.
Foto Destaque: Mason Mount em jogo pelo Manchester United (Reprodução/Instagram/@manchesterunited)