A Alemanha e a Comissão Europeia têm assumido papel de “controle” sobre a possibilidade da China enviar armas à Rússia para a guerra na Ucrânia. O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz declarou que foi exigido da nação chinesa, maior parceira comercial dos alemães, que não enviem armas para a Rússia. O assunto foi discutido neste domingo (05/03) pelo chanceler da Alemanha e pela presidente da Comissão Europeia , Ursula von der Leyen, em reunião no palácio de Meseberg, 70 quilómetros a norte de Berlim, após autoridades americanas alertarem que a China poderia começar a enviar armas para à Rússia para guerra na Ucrânia.
Chanceler da Alemanha, Olaf Schloz (Otan/Divulgação)
"Todos concordamos que não deve haver entrega de armas. E o Governo chinês declarou que também não as fornecerá. Exigimos isso e estamos a controlar a situação", disse Scholz
No mesmo dia, em entrevistas para jornalistas após a reunião do Conselho de Ministros, a presidente da Comissão Europeia disse que a possibilidade de sanções à China ainda é hipotética, já que não há evidências que confirmem o alerta de envio de armas para os russos: "Não temos evidências de que a China queira fornecer armas à Rússia. Mas temos de estar atentos todos os dias. E, de facto, a segunda parte da sua pergunta é uma questão hipotética que só pode ser respondida se se tornar realidade e um facto", respondeu Ursula Von der Leyen quando questionada se Europa aplicaria sanções à China
O chancelar da Alemanha, no entanto, já fala em “consequências" sobre o assunto. Em entrevista para a CNN também neste domingo, Olaf Schloz disse estar otimista sobre China atender aos pedidos, mas ressaltou que Alemanha tomaria medidas contra os chineses caso não atendessem às expectativas alemãs: "Acho que haveria consequências, mas agora estamos numa fase em que deixámos claro que isso não deveria acontecer e estou relativamente otimista de que teremos sucesso com o nosso pedido neste caso, mas teremos de analisá-lo e teremos de ser muito, muito cautelosos"
Scholz não detalhou que tipo de consequências seriam aplicadas. A alemanha tem sido explícita em demonstrar descontentamento com a guerra na ucrânia e já pediu que China use sua influência para pressionar Rússia a sair da Ucrânia
Foto destaque: Chanceler alemão, Olaf Schloz e Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen - Johanna Geron (Reprodução/Reuters)