Nesta última segunda-feira (15), a equipe de advogados do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), realizaram uma coletiva de imprensa para falar sobre as movimentações financeiras em uma conta nos Estados Unidos. A defesa confirmou que o político abriu uma conta no exterior entre novembro e dezembro do ano passado e que transferiu cerca de R$ 660 mil ao banco. Segundo a defesa, ele acreditava que a economia do país “iria de mal a pior”, durante o atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os advogados também responderam sobre a viagem que Bolsonaro fez para a Flórida em seu último dia de mandato e afirmaram que a criação da conta não teve relação com a ida ao estado. O ex-presidente ficou cerca de três meses no país. Os valores foram transferidos pelo Banco Central e retirados de uma conta poupança, de acordo com a defesa.
Houve mais esclarecimentos durante a coletiva de imprensa, sobre o caso envolvendo os pagamentos realizados em cédulas para cobrir as despesas da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que foram sacados pelo tenente-coronel Mauro Cid. Segundo a equipe de advogados, o ajudante de ordens estava autorizado a retirar continuamente dinheiro em espécie dentro do Palácio do Planalto para arcar com os gastos da família do ex-presidente. Mas no final, Cid tinha que apresentar os recibos de pagamentos, junto com uma planilha dos saques realizados e gastos cobertos.
tenente-coronel Mauro Cid/Michelle Bolsonaro/IG último segundo/Reprodução
Uns dos advogados presentes, Fabio Wajngarten, mostrou a tabela mensal de saques do político. Por ela, consta que as retiradas de dinheiro da conta pessoal de Bolsonaro começaram em fevereiro de 2019 e se estenderam até final de dezembro do ano passado.
De acordo com a tabela divulgada, o ex-presidente movimentou em saques na sua conta pessoal R$ 634.250. A defesa informou que todo o dinheiro foi gasto em despesas pessoais da família de Bolsonaro e que as cédulas não são permitidas para o pagamento do cartão corporativo da presidência. Wajngarten também afirmou que o ex-presidente e sua esposa nunca usaram o cartão corporativo pessoal.
Foto destaque: Ex-presidente Jair Messias Bolsonaro/Marcelo Camargo/Agência Brasil/Reprodução