A China anunciou neste sábado (15) o início de uma implementação de um acordo estratégico com o Irã, fazendo com que haja um reforço cooperativo dos países em relação a suas economias e políticas. O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, e seu colega iraniano, Hossein Amir-Abdollahian estabeleceram o início deste acordo em uma reunião que acorreu em Wuxi, no leste da China, na sexta-feira, informou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado divulgado em Pequim."Enquanto preparávamos a visita à China, planejamos marcar o dia de hoje como o início da implementação do acordo entre os dois países", disse o chanceler iraniano, que está em sua primeira viagem à China no cargo, sem anunciar projetos ou parcerias específicas, de acordo o Site All Jazeera.
China e Irã: tratado, que vinha sendo discutido desde 2016, também apoia o turismo e o intercâmbio cultural (Foto: Divulgação/Andriano_cz/Getty Images)
Incluindo temas de energia, segurança, infraestrutura e comunicações; China e Irã, após anos de negociação assinaram esse acordo em 2021. Poucos detalhes desta parceria foram revelados, mas em 2020 o jornal americano The New York Times anunciou que garantiria o abastecimento regular de petróleo na China, exemplificando características de um acordo. A China é o principal parceiro comercial do Irã e era um de seus maiores clientes de petróleo até o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reimpor sanções unilaterais ao país em 2018.
China e Irã iniciam amplo acordo de cooperação (Foto: Divulgação/Getty Images/Getty Images)
A China deixou de importar petróleo do Irã, entretanto, especialista apontam que o petróleo iraniano continua entrando, na forma de importações procedentes de outros países. Neste sábado (15), o ministro Wang declarou que a China continuará a "se opor às sanções unilaterais ilegais contra o Irã", conforme o comunicado da Chancelaria. Já tem um tempo que Pequim mostra interesse em fortalecer seus laços com Teerã. "O principal parceiro da China no Oriente Médio", foi assim que Xi Jinping, presidente chinês, em uma rara visita ao país no ano de 2016 classificou a República Islâmica.
Foto Destaque: Os chanceleres da China, Wang Yi (dir.), e do Irã, Hossein Amir-Abdollahian (Foto: Reprodução/FolhaDeS.Paulo)