O volume de vendas no varejo brasileiro teve uma alta de 0,3% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o período homólogo (equivalência ao ano anterior), mas registrou uma ligeira queda de 0,1% em junho. Na análise mensal, os setores de livros, vestuário e construção, se destacaram pela alta, enquanto farmácia e móveis tiveram queda, segundo o índice Stone. No recorte regional, dez estados tiveram resultados positivos, com destaque para Maranhão e Rio Grande do Sul, que apesar das enchentes, registrou um forte aumento no varejo, indicando uma possível estabilização. Outros quatorze estados tiveram resultados negativos, como Rondônia e Alagoas. O cenário de estabilidade e leve alta no primeiro semestre de 2024, mostra uma resolução do cenário de incerteza presente anteriormente.
Volume de vendas no varejo
Neste primeiro semestre de 2024, o volume de vendas no varejo brasileiro apresentou um aumento de 0,3% em comparação ao mesmo período de 2023, conforme o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo divulgado na quarta-feira (10). Em junho, houve uma leve queda de 0,1%.
Dos seis segmentos observados, três registraram crescimento mensal. O destaque ficou para o setor de livros, jornais, revistas e papelaria, com um aumento de 1,7%, seguido por tecidos, vestuário e calçados (0,6%) e material de construção (0,5%). Em contrapartida, os segmentos de artigos farmacêuticos (-1,0%), móveis e eletrodomésticos (-0,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%) tiveram queda.
Segundo Matheus Calvelli, pesquisador econômico da Stone, o cenário de incerteza parece estar se dissipando, indicando estabilidade e um leve crescimento no 1º semestre de 2024 em comparação aos primeiros seis meses de 2023.
Homem faz compras no supermercado (Foto: reprodução/Eric Thayer/Bloomberg/Getty Images Embed)
Estados com resultados positivos
Regionalmente, dez estados apresentaram resultados positivos em junho em relação ao ano anterior, com destaque para o Maranhão (9,1%) e Rio Grande do Sul (7%). Seguidos do Amazonas (6,1%), Roraima (5,2%), Pará (2,2%), Sergipe (2%), Acre (0,8%), Mato Grosso (0,5%), Mato Grosso do Sul (0,1%) e Pernambuco (0,1%).
De acordo com Calvelli, o Rio Grande do Sul, registrou um aumento significativo em diversos setores durante a primeira metade de junho, com o restante do mês mantendo-se dentro da média histórica. Apesar dos efeitos das enchentes, a alta pode indicar uma retomada da estabilidade no varejo do estado, no entanto, será preciso esperar os resultados de julho para confirmar essa tendência.
Estados com resultados negativos
Dentre os quatorze estados com resultados negativos, Rondônia (-13%) e Alagoas (-9,9%) se mantiveram com os piores resultados, seguidos de Piauí (-5%), Santa Catarina (-3,8%), Ceará (-3%), Amapá (-1,6%), Paraíba (-1,6%), Bahia (-1%), Paraná (-0,8%) e Espírito Santo (-0,8%). Já os estados de Rio Grande do Norte, Minas Gerais e o Distrito Federal mantiveram-se inalterados, registrando uma variação de 0% nas vendas.
Foto Destaque: compradores em Barra Shopping, no Rio de Janeiro, Brasil (Reprodução/Lucas Landau/Bloomberg/Getty Images Embed)