A empresa Tesla, em menos de uma semana, aumentou os preços na China e nos Estados Unidos pela segunda vez após Elon Musk, presidente-executivo, dizer que a montadora de carros elétricos está em meio a pressão inflacionária com relação às matérias-prima e logística.
De acordo com o site da empresa, os modelos da Tesla em território estadunidense tiveram seus preços reajustados de 5% a 10%. No caso da China, o aumento foi cerca de 5%.
Os preços dos metais utilizados nos automóveis dispararam, isso inclui o alumínio destinado a carroceria, o paládio para os conversores catalítico e o níquel e o lítio que envolvem as baterias dos veículos elétricos.
Quando foi semana passada, a empresa de Elon Musk anunciou um aumento dos preços no utilitário Model Y nos EUA e sedãs Model 3 Long Range e, também, de alguns veículos Model 3 e Model Y fabricados em território chines.
Elon Musk explica o 2º aumento de março. (Foto: Reprodução/CNN Brasil)
Musk, também incluindo sua companhia de foguetes especiais, disse em um tuíte no domingo: “Tesla e SpaceX estão enfrentando pressão inflacionária significativa com matérias-primas e logística … E nós não estamos sozinhos”.
Além de tudo isso, segundo a CBN, através de documentos internos, em 14 de março de 2022, a Tesla comprou “milhões de euros em alumínio” da empresa Rusal, gigante russa de alumínio. Oleg Deripaska, bilionário fundador da Rusal, foi alvo de sanções pela Grã-Bretanha.
De acordo com informações divulgadas pela CNBC, a Tesla comprou alumínio da gigante russa com o propósito de abastecer sua mais nova fábrica de veículos na Alemanha.
Ao serem abordadas para comentar sobre o assunto, a Tesla e a Rusal não responderam imediatamente aos pedidos.
Recentemente, com os preços do bitcoin e de outras criptomoedas estarem sob pressão durante grande parte de 2022 (por exemplo, o bitcoin perdeu quase 20% de seu valor até agora).
Elon Musk diz que "não vai vender" seus bitcins. (Foto: Reprodução/Multiverso+)
Elon Musk, que incluiu US$ 1,5 bilhão em bitcoins no balanço de sua empresa no ano passado, afirmou que “não vai vender” seus bitcoins, ethers e dogecoins, e alertou para as pessoas não investirem em dólares enquanto a inflação estiver alta.
Em suas redes sociais, Musk numa conversa com o executivo e bilionário Michael Saylor, disse: “Como regra geral, para aqueles que procuram conselhos neste assunto, geralmente é melhor possuir coisas físicas, como uma casa ou ações de empresas que você acha que fabricam bons produtos, do que dólares … Eu, pelo menos, ainda possuo e não vou vender meus bitcoins, ethers e doges”.
No entanto, os tweets do bilionário não impulsionou o preço do bitcoin como outros comentários do mesmo sobre criptomoedas fizeram anteriormente. Por exemplo, o preço do dogecoin disparou brevemente e caiu de novo, retornando a tendência que o fez perder mais de 80% desde que o rali de Musk o levou para mais de US$ 0,70 há quase um ano.
Foto Destaque: Elon Musk, presidente-executivo da Tesla. Reprodução/Autoesporte - Globo.