Quando falamos de alimentos, principalmente no varejo, é importante que se tenha um equilibrio entre segurança alimentar e prevenção de perdas, pois ambas são críticas importantes para o sucesso de qualquer serviço do ramo.
Os dados do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) indicam que há quase 48 milhões de casos de doenças transmitidas por alimentos nos EUA anualmente, o equivalente a adoecer 1 em cada 6 americanos a cada ano. Isso prova que deixar de armazenar e transportar produtos de acordo com os padrões da Food and Drug Administration, pode afetar diretamente a saúde do consumidor.
Esse tipo de contaminação pode ocorrer ocasionalmente nos serviços de alimentação, porém a segurança alimentar e todo o processo que o alimento passa nessa etapa, é essencial para evitar este tipo de risco, mas pode também de alguma forma desacelerar as vendas do local. Por outro lado descartar todo e qualquer produto que possa ter sido exposto a configurações abaixo do ideal sem uma confirmação definitiva acelera ainda mais o desperdício de alimentos. A ideia da transformação digital é exatamente equilibrar segurança alimentar e prevenção de perdas para que não precisem estar em um cenário de conflito. Tecnologias avançadas, como detecção de IoT e blockchain, permitem que as empresas atendam aos padrões de conformidade.
Foto: Tecnologia Blockchain sendo aplicada durante as compras no supermercado. (Divulgação/Cointelegraph)
Em um esforço para amenizar doenças transmitidas por alimentos e consequências adversas à saúde do consumidor, a estrutura HACCP da FDA foi projetada para identificar e prevenir a contaminação física, biológica, química e alergênica durante o armazenamento, transporte, uso, preparação e venda de produtos perecíveis. (HACCP, sigla para Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, é uma certificação de qualidade para empresas do setor alimentício utilizada em todo o mundo).
Ela também determina PCCs (pontos de controle críticos) em todos os pontos de contato da cadeia alimentar onde os produtos são mais propensos à contaminação. Cada PCC contém limites críticos correspondentes que representam os limites ambientais máximos ou mínimos que devem ser atendidos para prevenir e eliminar perigos.
O processo meticuloso mostra que planilhas manuais e listas de verificação em papel estão se tornando cada vez menos eficazes para garantir a precisão da conformidade. Por outro lado, IoT e blockchain simplificam os planos HACCP ao unir gerenciamento de tarefas digitalizadas, visibilidade de temperatura em tempo real, rastreabilidade de inventário e relatórios de conformidade automatizados em um fluxo de trabalho contínuo e simplificado.
Foto Destaque: Compras em supermercado. (Divulgação/Nash consultoria)