Na quinta-feira passada (5), Alberto Fernández, atual presidente da Argentina, fez um apelo à comunidade internacional, argumentando sobre “responsabilidade” para diminuir as dívidas do FMI (Fundo Monetário Internacional), que seu país acumula.
Em sua última apresentação sobre as dívidas, que já chega na casa dos US$44 bilhões, que equivale a cerca de R$251 bilhões em conversão direta, o argentino reconheceu que não foi possível abater a dívida. O FMI permanece bloqueando qualquer possibilidade segundo a Argentina, até o pagamento do empréstimo com os juros.
Fernández afirmou em sua fala que “Sou otimista porque acho que vamos alcançar uma reestruturação conveniente para a Argentina”, e arrematou “à responsabilidade de quem deu este empréstimo quando não era viável" mencionando de maneira indireta os países que aprovaram stand-by de 2018 e permanecem cautelosos em apoiar os argentinos em um novo acordo.
Notas amaçadas de dinheiro. (Foto: Reprodução/cottonbro)
O presidente, apoiado do seu ministro da economia Martín Guzmán, propuseram que o FMI faça a isenção das sobretaxas, aumente o prazo para o pagamento, devido ao alto valor do endividamento, e possibilite a negociação multilateral dos direitos especiais de transferência, para poderem pagar o empréstimo do stand-by.
Fernández declarou que já conseguiu um acordo com o G20, que aprovou a proposta e agora planeja apresentá-la ao FMI.
“Conseguimos que o G20 aprove estas propostas e os proponha ao FMI. Se as sobretaxas forem corrigidas, a dívida argentina diminui muito. Se for autorizada a negociação multilateral dos direitos especiais de transferência, abre-se uma porta para nós de um canal de financiamento que não temos e pode melhorar nossas condições ``, explica o argentino.
O próximo objetivo da Argentina e ter um acordo de facilidades estendidas para assim pagar a dívida do FMI.
A atual reserva bruta do país está em 39,5 bilhões de dólares, entretanto, especialistas alertam que sua liquida está abaixo de 4 bilhões de dólares, um valor preocupante, pois já em março, a Argentina terá que pagar 2,9 bilhões de dólares.
Foto em destaque: Casa Rosada. Reprodução/Metteus Silva.