Segundo um estudo realizado pela Universidade de Columbia e da Harvard Business School, as startups lideradas por mulheres são questionadas de forma diferente da dos homens, por empresas de venture capital. O estudo analisou materiais transcritos e vídeos de competições por financiamentos de startups, que somam quase 200 empresas entre os anos de 2010 a 2016.
Os diferentes questionamentos direcionados as mulheres acabam as colocando numa posição de defensiva, ao mesmo tempo em que dão mais oportunidades de os homens discutirem duas visões sobre as empresas, o que acaba atraindo mais propostas de financiamento.
Apesar dos investidores dizerem que pretendem diversificar seus portfólios, eles possivelmente estão perdendo as chances de investir em uma futura grande startup feminina por consequência desses questionamentos tendenciosos feitos as empreendedoras mulheres. Dessa forma, os investidores acabam sendo prejudicados, pois podem estar perdendo grandes ideias que as femtechs podem desenvolver.
De acordo com documento da consultoria McKinsey, criadoras mulheres são a maior força por trás de startups que envolvem saúde menstrual e materna, fertilidade, contracepção e menopausa. Empresas lideradas pelas mulheres, de muitas formas, inclusive financeiras, podem superar outras lideradas por homens.
Vem aumentando de forma drástica o número de empreendimentos liderados por mulheres. Segundo uma pesquisa da Gusto, em 2019 existia uma média de 28% de negócios femininos, e já em 2021 os números subiram para 49%, mostrando um enorme salto em empresas recém-criadas.
Homem de negócios (Foto: Reprodução/Freepik)
Durante a pesquisa, descobriu-se que quando os homens estão à frente de um empreendimento, os investidores se mostram mais interessados em como vão ter prosperidade e crescer, utilizando perguntas como: “onde você quer chegar se tudo estiver bem?” ou “como você vai atrair os seus clientes?”.
Enquanto as empresas que são lideradas por mulheres, eles costumam demonstrar preocupações com as falhas delas, utilizando questionamentos como: “os clientes estão voltando?” ou “quais são as garantias que você tem contra isso?”.
As perguntas tendem a colocar as mulheres em uma posição de defender suas empresas, o que normalmente não é atraente aos investidores. Já aos homens, é pedido que mostrem otimismo e visão, o que favorece os investimentos.
Foto destaque: Mulher de negócios. Reprodução/Freepik